segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Redescobrindo os bons sons. Anos 90 - parte 3

Ainda da série, vasculhando os porões ...

Nessa captura por boas coisas que estavam ao limbo, achei outra banda que era figurinha carimbada em qualquer indiebalad da época. The Rentals.



Formada por metade do Weezer (o ex-baixista Matt sharp encabeça o projeto que também conta com o batera Pat Wilson), metade do That Dog (a vocalista e violinista Petra Haden e sua irmã, a vocalista Rachel Haden), metade da Supersport 2000 (Cherielyn Westrich na voz e no Moog e do guitarrisra Rod Cervera), e do co-fundador da WIN Records, Tom Grimley (no outro Moog),além de várias participações especiais, este combo indie fez barulho com o lançamento de seu primeiro single, "Friends Of P".



O primeiro álbum, chamado irônicamente de "Return of the Rentals" é uma pérola no cancioneiro indierocker. Abarrofado de moogs venenosos, guitarras cheias de fuzz, baixo reto e dançante, batera pesada e os vocais inspirados de Sharp, Haden e Westrich, fazem desse álbum, discoteca obrigatória para se entender o indierock dos anos 90 e a influência que hoje faz com que bandas como Franz Ferdinand, Killers e cia. limitada, recheiem seu som com sintetizadores e riffs distorcidos.

O disco é uma aula de como usar um moog sem que esse soe chato e pretensioso como em muitas bandas de rock progressivo, é usado única e exclusivamente para criar texturas e riffs dançantes enquanto a guitarra e o baixo fazem o papel de meros coadjuvantes no som da banda. O único senão desse disco/banda, foi a saída de Matt Sharp do Weezer para se dedicar exclusivamente ao que antes era diversão e projeto paralelo.

O disco inteiro é duca, podendo-se ouvir direto sem pualr faixa alguma. Além de "Friends of P", lançaram também como single a ótima "Waiting", que assim como a primeira também ganhou clipe com boa execução nos programas temáticos da Mtv nacional. Essa execução causou alguns reflexos no Brasil, e algumas bandas nacionais da época foram criadas emulando o som que os estadunidenses faziam, bandas como o "Wonkavision", centraram o seu som na fórmula criada por Matt sharp e Cia., o uso constante de sintetizadores e guitarras distorcidas, além do uso das vozes masculinas e femininas.

Parece que após o lançamento de "Return of the Rentals" a banda entrou em um hiato e por esses tempos (não tenho a exatidão de data) lançaram um disco quádruplo chamado "Songs About Time!", que ainda não tive a oportunidade de ouvir. O primeiro disco eu garanto. Pode ser adquirido passando nos comentários

Diversão garantida ou seu dinheiro de volta! Boa viagem com o pessoal dos Rentals.

Redescobrindo os bons sons. Anos 90 - parte 2

Olás.

Hoje, vasculhando as velhas fitas de vídeo redescobri algumas coisas bem legais que vou tentar ir postando ao longo da semana, entre elas, o Superdrag.



Banda estadunidense de Powerpop baseada na cidade de Knoxville, Tennessee juntos desde 1992. Em 2003 resolveram deixar a banda em animação suspensa para cuidarem de alguns projetos paralelos, retomando-a em 2007. Entre indas e vindas de alguns membros, sua formação clássica vem junto desde a fundação da banda e conta com: John Davis (voz e guitarra), Brandon Fisher (guitarras), Tom Pappas (e seu indefectível blackpower no baixo) e Don Coffey Jr. (bateria).



No lançamento de seu primeiro álbum em 1996, o fodástico "Regretfully Yours", muito se disse de que eram uma cópia do Weezer e da fórmula que tinha destacado os nerds capitaneados por Rivers Cuomo ao estrelato alguns anos antes. Algumas semelhanças podem ser vistas no som de ambos, porém não se trata de cópia, mas podemos perceber influências semelhantes.

"Sucked Out", o primeiro single desse álbum, chegou a encher o saco de tanto que tocava no finado Lado B da Mtv e rolava nas indieballads da época (Retrô, Torre do Dr. Zero e afins...), mas é um disco irretocável onde todas as canções merecem ser ouvidas com atenção. É uma álbum alegre, pra cima, que te faz dançar e cantar junto, como os bons álbuns "pop" conseguem fazer. Não tenho como citar apenas uma ou outra canção, todas devem ser ouvidas. É por no play e deixar a festa rolar.

Bom, chega de enrolação. Passem nos comentários e comprem a entrada pra festa, a diversão fica por conta do Superdrag e essa eles garantem.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Redescobrindo os bons sons ...

Ah que saudades que de vez em quando me bate dos já saudosos anos 90. Quantos sons bons, quantos músicos fudidos, quanta distorção ... enfim, 80% de todo o meu referencial musical é vindouro desta década. Foi por causa dessas bandas e deste estilo de som que resolvi aprender a tocar (ainda no processo) e ser um músico.

Da década de 90 (se a música for cíclica como dizem que é, mal posso esperar para a década que se inicia em 2011, o retorno dos 90's) podemos citar uma porrada de bandas que marcaram o fim da minha adolescência e a minha entrada na vida adulta (quando isso?), e nesses próximos posts, irei compartilhar com vocês algumas delas. De começo, falemos dos Posies.



Banda capitaneada por Ken Stringfellow e Jon Auer que dividiam voz e guitarras. Hoje completam o line up dos caras: Matt Harris no baixo e Darius "Take One" Minwalla na batera.

Acho que nenhuma banda estadunidense nos anos 90 usava melhor a voz do que esses caras, hora um, hora o outro, quando não os dois ao mesmo tempo e em tons diferentes ... principalmente quando tocavam suas versões acústicas.



Entre os sete álbuns já lançados da banda destaco o clássico "Frosting On The Beater" de 1993. É sobre ele que este post está sendo escrito. Ele já começa com 2 hinos dos caras, a climática e pesada "Dream All Day" e já na sequência seu maior clássico, a classuda (e uma das músicas que eu mais adoraria ter escrito) "Solar Sister". O restante do álbum alterna alguns momentos de calmaria e de guitarras nervosas e rascantes. Timbres muito bem escolhidos, batera pesada e coesa, baixão grave e pesado como se deve ser. Nesse disco tudo está encaixado perfeitamente onde deveria estar, não há sobras, é um disco enxuto. A cereja do bolo são os duetos vocais de Jon e Ken, alternando-se nas notas mais altas e mais baixas, hora um faz a base vocal e o outro canta com mais ênfase nos agudos e vice-versa.

Por mais que este seja um disco de 17 anos atrás, acho que não fica devendo em nada para toda a produção atual, o que fez com que neste ano depois de um hiato de 5 anos eles voltassem a tocar e lançassem o bom "Blood/Candy".

Passem nos comentários e divirtam-se. Vamos voltar para o futuro com os Posies.