Baralho!!! Quanto tempo!!! Quantas novas ... fui saído do meu antigo emprego, arrumei outro, mudei para o meu ap, casei com a mulher da minha vida, passei em um "pseudo-concurso público" e fiquei uma porrada de tempo sem postar por aqui, e senti uma puta falta disso.
Bom, vamos parar com enrolação, e vamos direto ao ponto.
Hoje, vamos falar de uma das bandas prediletas da casa, aqui, o indie encontra a nerdice, os nerds viraram cool, largaram a convenção de Star Wars e montaram uma das melhores bandas formadas na década: o Weezer.
Banda capitaneada pelo eruditasso Rivers Cuomo que no começo da banda estava cursando a hypadíssima faculdade estadunidense de Harvard. Quando lançaram o primeiro disco, o clássico "Blue Album", o nerd de carteirinha Cuomo, deu um tempo na faculdade para, junto com seus asseclas, o guitarrista/vocalista Brain Bell, o batera e nerd master Pat Wilson e o baixista esquisitão Matt Sharp mudar a cara do dito "rock alternativo".
Antes do Weezer, víamos as bandas com visual largado, desleixo musical e uma atitude totalmente "foda-se", após a aparição dos caras, o cenário mudou, víamos um visual limpo, cabelinhos cortados, óculos e cara de bons moços, mas na sonoridade, um esmero na produção, guitarras altas e distorcidas, mas gravadas de maneira orgânica e limpa, batera econômica, baixo pesadão e letras, principalmente as letras que retratavam o conteúdo da massa estadunidense, que não eram os populares da High School, eram a ralé, o povo que vivia às margens da galera hypada. Enfim os "losers" tinham vez e o Weezer era seu porta-voz supremo.
Os caras estouraram e fizeram o mais improvável para uma banda que estava bombando, pararam as atividades temporariamente para que o nerd master Rivers Cuomo pudesse se formar. E é desse hiato que surge o mais clássico disco de sua discografia, o fantástico "Pinkerton", para muitos, o patinho feio da sua discografia.
O disco começa com algo improvável para o Weezer de então: teclados (um Moog bem maroto da o ar da graça em toda a duração da primeira faixa, "Tired of Sex").
Depois dessa estranheza inicial (o que casou com o som dos caras maravilhosamente bem), vimos o Weezer na sua melhor forma: enxurradas de riffs de guitarras (muitas vezes baseados em bandas de metal farofa dos anos 80), cozinha pesada, concisa e econômica e a voz de quem canta para 3000 pessoas do mesmo jeito que canta tomando banho em casa.
Na sequência, vários clássicos com a cara da banda, "The Good Life" (que bem poderia ter saído no primeiro disco), "Across The Sea" com vocal em coro e "Pink Triangle" onde vemos até alguns violões. Cuomo canta sempre do ponto de vista do loser, o cara que quer a garota popular mas ela nem sabe que ele existe ... Coisa de nerd mesmo.
A produção é caprichada, bem mais coeso do que o primeiro disco, não sobra nada e não falta nada (como as vezes acho que alguns Moogs cairiam bem no primeiro disco), tudo está no lugar certo, até os falsetes metálicos de Rivers.
Em Pinkerton, o Weezer soa maduro, é a confirmação de uma baita banda, a maldição do segundo disco passou longe desses caras. Agora os nerds saíram do High School e enfim conseguiram se formar na faculdade. Definir o disco em uma palavra: Amadurecimento (e no ótimo sentido).
Bom, histórias a parte, vamos deixar de enrolação. Divirtam-se com a volta dos nerds. Tá no mesmo lugar de sempre.
Até.
Buenas people !!! O intuito desse blog é difundir e dividir os bons sons com todas as pessoas que queiram descobrir novas possibilidades sonoras. Preparem seus ouvidos e não se esqueçam de chacoalhar os esqueletos. Let's the party begin !!! Rrrrrrrrock !!!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Redescobrindo os bons sons - Anos 90 - parte 8
Poxa, desculpem a porrada de tempo sem postar nada, tô na maior correria: trampo, casa e casamento ... tá corrido pacas ... Mas chega de desculpas. O que importa é que tô voltando a ativa e continuando a saga dos bons sons dos 90 (embora no final dos 10 posts sempre vou achar que faltaram coisas essenciais, mas whatever).
Hoje vou falar de uma das bandas que mais abalaram a minha percepção e entendimento sobre como construir e executar canções, os fodásticos Sonic Youth.
Banda novaiorquina seminal tanto na minha formação como "músico" e ouvinte, tanto na cena indierocker estadunidense e mundial desde o início dos anos 80.
A banda foi fundada em 1981 e inspirava-se nas sinfonias de guitarra de Glenn Branca (com o qual boa parte da banda já tocou), no proto-punk de The Stooges, The Velvet Underground e MC5, na poesia punk de Patti Smith, o Krautrock de Can, o psicodélico garage rock do 13th Floor Elevators, assim como compositores avant-garde, como John Cage. Outro dos diferenciais dos caras é que a banda é aclamada por redefinir o que uma guitarra pode fazer, ao utilizar uma variedade de afinações alternativas e modificar o instrumento, com objetos inusitados, como baquetas e chaves de fenda como forma de alterar seu timbre (sim, Moore e Ranaldo são parte da minha bíblia musical).
A banda desde então é capitaneada pelo guitarrista/vocalista genial e maluquete de carteirinha, o Sr. Thurston Moore (com alguns discos solos fantásticos na mala) e tem como eternos e fiéis escudeiros desde então, sua esposa e baixista (embora ultimamente tenha tocado uma terceira guitarra) Kim Gordon e o genial, barulhentasso e com o timbre de voz mais legal dos 3, o guitarrista/vocalista Lee Ranaldo. A princípio, contavam com o batera Bob Bert que fora substituído em meados dos anos 80 pelo constante e econômico, porém fantástico Steve Shelley. Hoje completa o line-up da banda o baixista Mark Ibold (ex-Pavement, que é outra das bandas prediletas da casa).
Não dá pra citar obras avulsas dos caras, pois tudo o que lançaram é de uma qualidade pra lá de absurda, desde as experimentações da série SYR, até a trilha sonora de filmes, passando por cover dos Carpenters (ecletismo barulhento), mas como a discografia dos caras é pra lá de extensa (e fenomenal), vou falar sobre o primeiro disco que escutei deles e um dos meus preferidos, embora alguns torçam o nariz para esse discaço, o menosprezado, "Experimental Jet Set, Thrash and No Star".
Esse disco, de 1994, veio cheio de expectativas por parte da crítica e do público, pois vem na sequência do hypado "Dirty" que contava com algumas de suas mais fantásticas canções como por exemplo, "Sugar Kane". Posso falar em nome de alguns ouvintes, sobre a bolacha. Como foi o primeiro disco que ouvi dos caras, a minha primeira impressão foi de total estranheza, pois nunca, até então, ouvira algo tão exótico a ponto de hipnotizar-me do começo ao fim da audição. Fiquei extasiado com a construção das músicas, os riffs fugiam do óbvio, era proporcionalmente contrário ao que eu escutava na época (basicamente Ramones), era cheio de guitarras, efeitos, muitos efeitos, distorções, dissonâncias, ruídos, barulhos e aquelas vozes que pareciam ter nascido na minha cabeça de tão natural que me soavam. Ouvindo esse disco, descobri que barulho era música sim, e que era um elemento a ser respeitado.
Começa com a hipponga e folk (o que é estranho até pra eles) "Winner's Blues", até então, só a voz cheia de efeitos me causava estranheza, mas quando entra na sequência o hino "Bull in the Heather", meu queixo caiu, minha cabeça deu voltas na lua e desde então o rocknroll pra mim não fora mais o mesmo. Que sonzeira, que estranha, que simples, como podiam ser tão diferentes e geniais ao mesmo tempo que soavam tão toscos (no bom sentido, óbvio). Aqui o Lo-Fi passa a fazer sentido.
O disco todo é de uma qualidade absurda, passando pelas tão fantásticas "Androgynous Mind" (essa foi a primeira deles que eu aprendi a tocar, toco até hoje), "Tokyo Eye" que tinha a voz de Moore sussurrada no vocal, o que para quem crescera ouvindo bandas onde o vocal era principal premissa, era incabível e fascinante. O disco fecha com outro hino, a fenomenal "Sweet Shine" que tem Kim Gordon no sue auge vocal fechando o disco de maneira poderosa.
Lembro da cara de "ué" que eu fiquei ao final da primeira audição desse discaço. Estávamos na porta do Jackson (grande brother), eu, ele, o Eduardo, o Marrom, o Daniel e o Beto que trouxera a fita (sim, ainda ouvíamos as famosas fitas K7). Acho que fiquei uns 5 minutos sem falar um "A", com os moleques olhando pra minha cara de incrédulo esperando o meu veredito, pois até então, só eu ainda não os tinha ouvido. Só me lembro de ter conseguido soltar um sonoro "puta que o pariu, que foda!". Tomei a fita do Beto e tirei a minha cópia. Desde então este virou um dos discos de cabeceira na minha costrução musical (quisera eu ser genial a esse ponto) e na minha discoteca básica.
Bom, chega de babar ovo. Ouçam e tirem seus próprios vereditos.
Divirtam-se!!!
Hoje vou falar de uma das bandas que mais abalaram a minha percepção e entendimento sobre como construir e executar canções, os fodásticos Sonic Youth.
Banda novaiorquina seminal tanto na minha formação como "músico" e ouvinte, tanto na cena indierocker estadunidense e mundial desde o início dos anos 80.
A banda foi fundada em 1981 e inspirava-se nas sinfonias de guitarra de Glenn Branca (com o qual boa parte da banda já tocou), no proto-punk de The Stooges, The Velvet Underground e MC5, na poesia punk de Patti Smith, o Krautrock de Can, o psicodélico garage rock do 13th Floor Elevators, assim como compositores avant-garde, como John Cage. Outro dos diferenciais dos caras é que a banda é aclamada por redefinir o que uma guitarra pode fazer, ao utilizar uma variedade de afinações alternativas e modificar o instrumento, com objetos inusitados, como baquetas e chaves de fenda como forma de alterar seu timbre (sim, Moore e Ranaldo são parte da minha bíblia musical).
A banda desde então é capitaneada pelo guitarrista/vocalista genial e maluquete de carteirinha, o Sr. Thurston Moore (com alguns discos solos fantásticos na mala) e tem como eternos e fiéis escudeiros desde então, sua esposa e baixista (embora ultimamente tenha tocado uma terceira guitarra) Kim Gordon e o genial, barulhentasso e com o timbre de voz mais legal dos 3, o guitarrista/vocalista Lee Ranaldo. A princípio, contavam com o batera Bob Bert que fora substituído em meados dos anos 80 pelo constante e econômico, porém fantástico Steve Shelley. Hoje completa o line-up da banda o baixista Mark Ibold (ex-Pavement, que é outra das bandas prediletas da casa).
Não dá pra citar obras avulsas dos caras, pois tudo o que lançaram é de uma qualidade pra lá de absurda, desde as experimentações da série SYR, até a trilha sonora de filmes, passando por cover dos Carpenters (ecletismo barulhento), mas como a discografia dos caras é pra lá de extensa (e fenomenal), vou falar sobre o primeiro disco que escutei deles e um dos meus preferidos, embora alguns torçam o nariz para esse discaço, o menosprezado, "Experimental Jet Set, Thrash and No Star".
Esse disco, de 1994, veio cheio de expectativas por parte da crítica e do público, pois vem na sequência do hypado "Dirty" que contava com algumas de suas mais fantásticas canções como por exemplo, "Sugar Kane". Posso falar em nome de alguns ouvintes, sobre a bolacha. Como foi o primeiro disco que ouvi dos caras, a minha primeira impressão foi de total estranheza, pois nunca, até então, ouvira algo tão exótico a ponto de hipnotizar-me do começo ao fim da audição. Fiquei extasiado com a construção das músicas, os riffs fugiam do óbvio, era proporcionalmente contrário ao que eu escutava na época (basicamente Ramones), era cheio de guitarras, efeitos, muitos efeitos, distorções, dissonâncias, ruídos, barulhos e aquelas vozes que pareciam ter nascido na minha cabeça de tão natural que me soavam. Ouvindo esse disco, descobri que barulho era música sim, e que era um elemento a ser respeitado.
Começa com a hipponga e folk (o que é estranho até pra eles) "Winner's Blues", até então, só a voz cheia de efeitos me causava estranheza, mas quando entra na sequência o hino "Bull in the Heather", meu queixo caiu, minha cabeça deu voltas na lua e desde então o rocknroll pra mim não fora mais o mesmo. Que sonzeira, que estranha, que simples, como podiam ser tão diferentes e geniais ao mesmo tempo que soavam tão toscos (no bom sentido, óbvio). Aqui o Lo-Fi passa a fazer sentido.
O disco todo é de uma qualidade absurda, passando pelas tão fantásticas "Androgynous Mind" (essa foi a primeira deles que eu aprendi a tocar, toco até hoje), "Tokyo Eye" que tinha a voz de Moore sussurrada no vocal, o que para quem crescera ouvindo bandas onde o vocal era principal premissa, era incabível e fascinante. O disco fecha com outro hino, a fenomenal "Sweet Shine" que tem Kim Gordon no sue auge vocal fechando o disco de maneira poderosa.
Lembro da cara de "ué" que eu fiquei ao final da primeira audição desse discaço. Estávamos na porta do Jackson (grande brother), eu, ele, o Eduardo, o Marrom, o Daniel e o Beto que trouxera a fita (sim, ainda ouvíamos as famosas fitas K7). Acho que fiquei uns 5 minutos sem falar um "A", com os moleques olhando pra minha cara de incrédulo esperando o meu veredito, pois até então, só eu ainda não os tinha ouvido. Só me lembro de ter conseguido soltar um sonoro "puta que o pariu, que foda!". Tomei a fita do Beto e tirei a minha cópia. Desde então este virou um dos discos de cabeceira na minha costrução musical (quisera eu ser genial a esse ponto) e na minha discoteca básica.
Bom, chega de babar ovo. Ouçam e tirem seus próprios vereditos.
Divirtam-se!!!
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Redescobrindo os bons sons - Anos 90 - Parte 7
E ai povo, beleza?
Hoje vamos falar de uma das bandas mais bacanas e mais "bonitas" da safra inglesa anos 90. O ELASTICA.
Liderados pela arrasadora de corações Justine Frischmann (fala aê Damon), na guitarra, voz, caras e bocas, contava ainda em seu line-up com Donna Matthews na guitarra e nos lindos olhos azuis, Annie Holland no baixo e o feioso Justin Welch na bateria.
A banda foi formada em 1991 quando Justine saiu do "Suede" e ia numa direção totalmente diferente da banda afetada de Mr. Brett Anderson. Enquanto o "Suede" era teatral, lírico e bem acabado, o "Elastica" era a antítese disso: "praticamente" uma banda de garotas, que tocavam de maneira desleixada, pesado e que faziam músicas pra pular e dançar.
O primeiro single a alcançar alguma projeção nas paradas inglesas, foi "Stutter" de 1993, que fez sucesso através do boca a boca por meio dos esforços de promoção do DJ da Radio 1 e chefe da Deceptive Records, Steve Lamacq.
"Connection", o single seguinte, foi o que colocou o Elastica de vez no mainstream, porém ao mesmo tempo em que a banda estourava nas paradas inglesas e mundiais, havia uma polêmica que encheu bem o saco da banda nesse período. Foram acusados de plágio pelo "Wire", uma outra banda inglesa, por usar sem permissão, a mesma base de "3 Girls Rumba" em "Connection".
O disco de estréia (1994) que contava com os dois singles anteriores, ainda tinha mais uma penca de boas canções: "Car Song" com seu clipe futurista e "2:1" que fez parte da trilha sonora do fodástico "Trainspotting" (se não assistiu, fecha essa página, desliga o PC e vai assistir, é obrigatório).
Após uma longa temporada de apresentações, a banda começou a apresentar problemas pessoais. Em 1997, a baixista Annie Holland deixou a banda, culpando lesões por esforços repetitivos resultados do excesso de apresentações como o motivo de sua saída. Em 1999 Donna Matthews deixou o grupo.
Só lançaram seu segundo disco, o fraco "The Menace", em 2000 com vendas modestas. Uma nova formação foi anunciada com dois tecladistas substituindo Matthews para a turnê seguinte, reestreando em solo britânico durante o Festival de Reading de 1999. Em 2000 se seguiu a turnê de lançamento do disco The Menace com relativo sucesso, apesar disso, as apresentações nos festivais que se seguiram foram comprometidas por doenças contraídas pelos integrantes. O grupo lançou um último single "The Bitch Don't Work" em edição limitada e anunciou o seu fim em setembro de 2001.
Aqui deixo pra vocês apenas o filé. Se conseguir ouvir esse disco sem deixá-lo no "repeat", você não gosta de rocknroll da melhor qualidade. Se conseguir achar esse disco ruim, procure um médico, você está com problemas auditivos.
Sem mais delongas, é só passar no lugar de sempre e retirar o seu. A festa já pode começar, é só dar o "play" e deixar o Elastica tocar.
Hoje vamos falar de uma das bandas mais bacanas e mais "bonitas" da safra inglesa anos 90. O ELASTICA.
Liderados pela arrasadora de corações Justine Frischmann (fala aê Damon), na guitarra, voz, caras e bocas, contava ainda em seu line-up com Donna Matthews na guitarra e nos lindos olhos azuis, Annie Holland no baixo e o feioso Justin Welch na bateria.
A banda foi formada em 1991 quando Justine saiu do "Suede" e ia numa direção totalmente diferente da banda afetada de Mr. Brett Anderson. Enquanto o "Suede" era teatral, lírico e bem acabado, o "Elastica" era a antítese disso: "praticamente" uma banda de garotas, que tocavam de maneira desleixada, pesado e que faziam músicas pra pular e dançar.
O primeiro single a alcançar alguma projeção nas paradas inglesas, foi "Stutter" de 1993, que fez sucesso através do boca a boca por meio dos esforços de promoção do DJ da Radio 1 e chefe da Deceptive Records, Steve Lamacq.
"Connection", o single seguinte, foi o que colocou o Elastica de vez no mainstream, porém ao mesmo tempo em que a banda estourava nas paradas inglesas e mundiais, havia uma polêmica que encheu bem o saco da banda nesse período. Foram acusados de plágio pelo "Wire", uma outra banda inglesa, por usar sem permissão, a mesma base de "3 Girls Rumba" em "Connection".
O disco de estréia (1994) que contava com os dois singles anteriores, ainda tinha mais uma penca de boas canções: "Car Song" com seu clipe futurista e "2:1" que fez parte da trilha sonora do fodástico "Trainspotting" (se não assistiu, fecha essa página, desliga o PC e vai assistir, é obrigatório).
Após uma longa temporada de apresentações, a banda começou a apresentar problemas pessoais. Em 1997, a baixista Annie Holland deixou a banda, culpando lesões por esforços repetitivos resultados do excesso de apresentações como o motivo de sua saída. Em 1999 Donna Matthews deixou o grupo.
Só lançaram seu segundo disco, o fraco "The Menace", em 2000 com vendas modestas. Uma nova formação foi anunciada com dois tecladistas substituindo Matthews para a turnê seguinte, reestreando em solo britânico durante o Festival de Reading de 1999. Em 2000 se seguiu a turnê de lançamento do disco The Menace com relativo sucesso, apesar disso, as apresentações nos festivais que se seguiram foram comprometidas por doenças contraídas pelos integrantes. O grupo lançou um último single "The Bitch Don't Work" em edição limitada e anunciou o seu fim em setembro de 2001.
Aqui deixo pra vocês apenas o filé. Se conseguir ouvir esse disco sem deixá-lo no "repeat", você não gosta de rocknroll da melhor qualidade. Se conseguir achar esse disco ruim, procure um médico, você está com problemas auditivos.
Sem mais delongas, é só passar no lugar de sempre e retirar o seu. A festa já pode começar, é só dar o "play" e deixar o Elastica tocar.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Redescobrindo os bons sons - "Anos 90" - Parte 6
Oi galerê,
Hoje eu vou falar da banda mais fodona que ja pisou no planeta Terra em qualquer época, tempo e espaço (na minha modesta opinião): os PIXIES.
Bostonianos de carteirinha, capitaneados pelo gordinho mais sangue bom do rocknroll, o Sr. Frank Black (ou Black Francis ou Charles Thompson III) na voz rouca e guitarra barulhenta, a fodaça e hoje "fofa" Kim Deal (ou ex-Mrs. John Murphy - The Breeders e The Amps) no baixo reto e voz infantil, o cara que melhor tira um som de uma Les Paul, o barulhento, insano e filipino Joey Santiago (The Martinis) e o batera cavalar, mosntruoso com voz doce, David Lovering.
A banda foi formada em 1985 e tinha como principais influências o punk e a surf music, embora abusassem das referências hispânicas (majoritariamente nas letras) e de sons mais pesados.
Lançaram 5 discos até separarem-se em 1991. Cada um seguiu o seu caminho até retornarem magistralmente em 2004, fazendo shows disputadíssimos inclusive no Brasil (os quais eu não compareci por falta de $$$ e me bato até hoje por isso).
Nesses shows de retorno, inclusive no último do Brasil (no SWU em 2010) eles tocaram na íntegra o disco mais foda de todos os tempos, o lendário "Doolittle". Mesmo tendo sido lançado em 1989 foi o disco que criou toda a estética do som feito no underground dos anos 90. Por isso está aqui como anos 90, embora seja um disco atemporal.
O que falar de "Doolittle"? Que é uma obra prima? Que não tem uma música que seja no mínimo 9,5? Que influenciou o Nirvana e toda a cena pré-grunge? Ou que é o disco que mudou a minha vida e me fez largar de vez o metal, pois existiam guitarras tão pesadas e musicos mais criativos do que os que eu ouvia anteriormente? "Doolittle" teve este poder, mudou a minha vida e é influência confessa no meu jeito de compor e de tocar.
Diversos temas são abordados nas letras, desde ficção científica e surrealismo, caso da fantástica "Debaser" ou superstições com o número da besta, caso de "Monkey Gone To Heaven".
A produção de Gil Norton é precisa e coesa, esse com certeza é seu melhor trabalho, tanto com os próprios Pixies como em toda a sua carreira. Norton só acertaria a mão novamente com tanta viceralidade no tão foda quanto, "The Colour and The Shapes" dos Foo Fighters. Tudo nesse disco é urgente e viceral. É uma viagem rápida, são aproximadamente 30, 35 minutos de esporro sonoro, guitarras distorcidas, vocal rascante e bateria monstruosa que se transformam na melhor obra ja feita na história do rock.
Chega de lenga lenga, passa nos comments, põe o volume no talo e tente sair imune ao poder dos duendes. Boa viagem com os Pixies.
Hoje eu vou falar da banda mais fodona que ja pisou no planeta Terra em qualquer época, tempo e espaço (na minha modesta opinião): os PIXIES.
Bostonianos de carteirinha, capitaneados pelo gordinho mais sangue bom do rocknroll, o Sr. Frank Black (ou Black Francis ou Charles Thompson III) na voz rouca e guitarra barulhenta, a fodaça e hoje "fofa" Kim Deal (ou ex-Mrs. John Murphy - The Breeders e The Amps) no baixo reto e voz infantil, o cara que melhor tira um som de uma Les Paul, o barulhento, insano e filipino Joey Santiago (The Martinis) e o batera cavalar, mosntruoso com voz doce, David Lovering.
A banda foi formada em 1985 e tinha como principais influências o punk e a surf music, embora abusassem das referências hispânicas (majoritariamente nas letras) e de sons mais pesados.
Lançaram 5 discos até separarem-se em 1991. Cada um seguiu o seu caminho até retornarem magistralmente em 2004, fazendo shows disputadíssimos inclusive no Brasil (os quais eu não compareci por falta de $$$ e me bato até hoje por isso).
Nesses shows de retorno, inclusive no último do Brasil (no SWU em 2010) eles tocaram na íntegra o disco mais foda de todos os tempos, o lendário "Doolittle". Mesmo tendo sido lançado em 1989 foi o disco que criou toda a estética do som feito no underground dos anos 90. Por isso está aqui como anos 90, embora seja um disco atemporal.
O que falar de "Doolittle"? Que é uma obra prima? Que não tem uma música que seja no mínimo 9,5? Que influenciou o Nirvana e toda a cena pré-grunge? Ou que é o disco que mudou a minha vida e me fez largar de vez o metal, pois existiam guitarras tão pesadas e musicos mais criativos do que os que eu ouvia anteriormente? "Doolittle" teve este poder, mudou a minha vida e é influência confessa no meu jeito de compor e de tocar.
Diversos temas são abordados nas letras, desde ficção científica e surrealismo, caso da fantástica "Debaser" ou superstições com o número da besta, caso de "Monkey Gone To Heaven".
A produção de Gil Norton é precisa e coesa, esse com certeza é seu melhor trabalho, tanto com os próprios Pixies como em toda a sua carreira. Norton só acertaria a mão novamente com tanta viceralidade no tão foda quanto, "The Colour and The Shapes" dos Foo Fighters. Tudo nesse disco é urgente e viceral. É uma viagem rápida, são aproximadamente 30, 35 minutos de esporro sonoro, guitarras distorcidas, vocal rascante e bateria monstruosa que se transformam na melhor obra ja feita na história do rock.
Chega de lenga lenga, passa nos comments, põe o volume no talo e tente sair imune ao poder dos duendes. Boa viagem com os Pixies.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Redescobrindo os bons sons - Anos 90 - Parte 5
Hola pessoas!!!
Depois de um tempo de vagabundagem pós-Faculdade, tô de volta a blogosfera pra continuar a saga com mais um clássico dos anos 90. Hoje falaremos do fodástico Dinosaur Jr..
Banda estadunidense de Massachussets (como aparece banda boa por lá), capitaneada pelo vocal e Guitar Hero (e aqui isso faz sentido mesmo) de plantão, J. Mascis e que agora volta a sua melhor e mais clássica formação, com o tão foda quanto, Lou Barlow (Sebadoh e Folk Implosion) no baixo/voz e o não menos foda Murph na bateria.
A banda voltou a se apresentar com sua formação clássica em 2005 depois de Barlow ter saído da banda pra formar o Sebadoh. Em 2007 lançaram um novo disco, o elogiado "Beyond" e em 2009 o último disco dessa nova empreitada (até agora) o fodaço "Farm".
Após toda essa introdução e lenga lenga sobre os caras, vamos ao que realmente interessa, o fodaço "Without a Sound" de 1994.
Nesse disco, apenas J. Mascis é da formação original e gravou além da guitarra e da voz, toda a parte da bateria (o cara é bão mesmo). O baixo e os backing vocals ficaram por conta de Mike Johnson.
Aqui, Mascis fez estrago. Compôs e tocou praticamente tudo. É quase como um disco solo, mas sem perder a "cara" de Dino Jr. Canções melodiosas, alegres e viajandonas além dos riffs pra headbanger nenhum botar defeito (conheço uma porrada de metaleiro que piram nas guitarras desse disco, principalmente em "Grab It"), baixo pesado e bateria marcante fazem desse disco um dos maiores clássicos dos anos 90.
O primeiro single desse disco é o clássico "Feel The Pain" que tocou horrores em programas bacanas da Mtv como o finado Lado B e nas indieballads da época, tem um dos riffs mais marcantes do indie rock e um dos clipes mais non-sense dos 90's.
O que esperar desse clássico? Guitarras, guitarras e mais guitarras, além da voz de bêbado de Mr. J. Mascis. Sem mais delongas, escutem!!! Tá no lugar de sempre.
Até mais.
Depois de um tempo de vagabundagem pós-Faculdade, tô de volta a blogosfera pra continuar a saga com mais um clássico dos anos 90. Hoje falaremos do fodástico Dinosaur Jr..
Banda estadunidense de Massachussets (como aparece banda boa por lá), capitaneada pelo vocal e Guitar Hero (e aqui isso faz sentido mesmo) de plantão, J. Mascis e que agora volta a sua melhor e mais clássica formação, com o tão foda quanto, Lou Barlow (Sebadoh e Folk Implosion) no baixo/voz e o não menos foda Murph na bateria.
A banda voltou a se apresentar com sua formação clássica em 2005 depois de Barlow ter saído da banda pra formar o Sebadoh. Em 2007 lançaram um novo disco, o elogiado "Beyond" e em 2009 o último disco dessa nova empreitada (até agora) o fodaço "Farm".
Após toda essa introdução e lenga lenga sobre os caras, vamos ao que realmente interessa, o fodaço "Without a Sound" de 1994.
Nesse disco, apenas J. Mascis é da formação original e gravou além da guitarra e da voz, toda a parte da bateria (o cara é bão mesmo). O baixo e os backing vocals ficaram por conta de Mike Johnson.
Aqui, Mascis fez estrago. Compôs e tocou praticamente tudo. É quase como um disco solo, mas sem perder a "cara" de Dino Jr. Canções melodiosas, alegres e viajandonas além dos riffs pra headbanger nenhum botar defeito (conheço uma porrada de metaleiro que piram nas guitarras desse disco, principalmente em "Grab It"), baixo pesado e bateria marcante fazem desse disco um dos maiores clássicos dos anos 90.
O primeiro single desse disco é o clássico "Feel The Pain" que tocou horrores em programas bacanas da Mtv como o finado Lado B e nas indieballads da época, tem um dos riffs mais marcantes do indie rock e um dos clipes mais non-sense dos 90's.
O que esperar desse clássico? Guitarras, guitarras e mais guitarras, além da voz de bêbado de Mr. J. Mascis. Sem mais delongas, escutem!!! Tá no lugar de sempre.
Até mais.
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