segunda-feira, 4 de abril de 2011

Redescobrindo os bons sons - Anos 90 - Parte 7

E ai povo, beleza?

Hoje vamos falar de uma das bandas mais bacanas e mais "bonitas" da safra inglesa anos 90. O ELASTICA.

Liderados pela arrasadora de corações Justine Frischmann (fala aê Damon), na guitarra, voz, caras e bocas, contava ainda em seu line-up com Donna Matthews na guitarra e nos lindos olhos azuis, Annie Holland no baixo e o feioso Justin Welch na bateria.



A banda foi formada em 1991 quando Justine saiu do "Suede" e ia numa direção totalmente diferente da banda afetada de Mr. Brett Anderson. Enquanto o "Suede" era teatral, lírico e bem acabado, o "Elastica" era a antítese disso: "praticamente" uma banda de garotas, que tocavam de maneira desleixada, pesado e que faziam músicas pra pular e dançar.

O primeiro single a alcançar alguma projeção nas paradas inglesas, foi "Stutter" de 1993, que fez sucesso através do boca a boca por meio dos esforços de promoção do DJ da Radio 1 e chefe da Deceptive Records, Steve Lamacq.

"Connection", o single seguinte, foi o que colocou o Elastica de vez no mainstream, porém ao mesmo tempo em que a banda estourava nas paradas inglesas e mundiais, havia uma polêmica que encheu bem o saco da banda nesse período. Foram acusados de plágio pelo "Wire", uma outra banda inglesa, por usar sem permissão, a mesma base de "3 Girls Rumba" em "Connection".



O disco de estréia (1994) que contava com os dois singles anteriores, ainda tinha mais uma penca de boas canções: "Car Song" com seu clipe futurista e "2:1" que fez parte da trilha sonora do fodástico "Trainspotting" (se não assistiu, fecha essa página, desliga o PC e vai assistir, é obrigatório).

Após uma longa temporada de apresentações, a banda começou a apresentar problemas pessoais. Em 1997, a baixista Annie Holland deixou a banda, culpando lesões por esforços repetitivos resultados do excesso de apresentações como o motivo de sua saída. Em 1999 Donna Matthews deixou o grupo.

Só lançaram seu segundo disco, o fraco "The Menace", em 2000 com vendas modestas. Uma nova formação foi anunciada com dois tecladistas substituindo Matthews para a turnê seguinte, reestreando em solo britânico durante o Festival de Reading de 1999. Em 2000 se seguiu a turnê de lançamento do disco The Menace com relativo sucesso, apesar disso, as apresentações nos festivais que se seguiram foram comprometidas por doenças contraídas pelos integrantes. O grupo lançou um último single "The Bitch Don't Work" em edição limitada e anunciou o seu fim em setembro de 2001.

Aqui deixo pra vocês apenas o filé. Se conseguir ouvir esse disco sem deixá-lo no "repeat", você não gosta de rocknroll da melhor qualidade. Se conseguir achar esse disco ruim, procure um médico, você está com problemas auditivos.

Sem mais delongas, é só passar no lugar de sempre e retirar o seu. A festa já pode começar, é só dar o "play" e deixar o Elastica tocar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Redescobrindo os bons sons - "Anos 90" - Parte 6

Oi galerê,

Hoje eu vou falar da banda mais fodona que ja pisou no planeta Terra em qualquer época, tempo e espaço (na minha modesta opinião): os PIXIES.




Bostonianos de carteirinha, capitaneados pelo gordinho mais sangue bom do rocknroll, o Sr. Frank Black (ou Black Francis ou Charles Thompson III) na voz rouca e guitarra barulhenta, a fodaça e hoje "fofa" Kim Deal (ou ex-Mrs. John Murphy - The Breeders e The Amps) no baixo reto e voz infantil, o cara que melhor tira um som de uma Les Paul, o barulhento, insano e filipino Joey Santiago (The Martinis) e o batera cavalar, mosntruoso com voz doce, David Lovering.

A banda foi formada em 1985 e tinha como principais influências o punk e a surf music, embora abusassem das referências hispânicas (majoritariamente nas letras) e de sons mais pesados.

Lançaram 5 discos até separarem-se em 1991. Cada um seguiu o seu caminho até retornarem magistralmente em 2004, fazendo shows disputadíssimos inclusive no Brasil (os quais eu não compareci por falta de $$$ e me bato até hoje por isso).

Nesses shows de retorno, inclusive no último do Brasil (no SWU em 2010) eles tocaram na íntegra o disco mais foda de todos os tempos, o lendário "Doolittle". Mesmo tendo sido lançado em 1989 foi o disco que criou toda a estética do som feito no underground dos anos 90. Por isso está aqui como anos 90, embora seja um disco atemporal.



O que falar de "Doolittle"? Que é uma obra prima? Que não tem uma música que seja no mínimo 9,5? Que influenciou o Nirvana e toda a cena pré-grunge? Ou que é o disco que mudou a minha vida e me fez largar de vez o metal, pois existiam guitarras tão pesadas e musicos mais criativos do que os que eu ouvia anteriormente? "Doolittle" teve este poder, mudou a minha vida e é influência confessa no meu jeito de compor e de tocar.

Diversos temas são abordados nas letras, desde ficção científica e surrealismo, caso da fantástica "Debaser" ou superstições com o número da besta, caso de "Monkey Gone To Heaven".

A produção de Gil Norton é precisa e coesa, esse com certeza é seu melhor trabalho, tanto com os próprios Pixies como em toda a sua carreira. Norton só acertaria a mão novamente com tanta viceralidade no tão foda quanto, "The Colour and The Shapes" dos Foo Fighters. Tudo nesse disco é urgente e viceral. É uma viagem rápida, são aproximadamente 30, 35 minutos de esporro sonoro, guitarras distorcidas, vocal rascante e bateria monstruosa que se transformam na melhor obra ja feita na história do rock.

Chega de lenga lenga, passa nos comments, põe o volume no talo e tente sair imune ao poder dos duendes. Boa viagem com os Pixies.