sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Desfecho

Caso alguém tenha ficado curioso com as postagens do meu bode, inferno astral, karma ... chame como quiser ... a situação que levou a ele teve um desfecho. Não foi do jeito que eu queria, foi o fim.

Definitivamente o fim ... Já faz mais de mês ...

Doeu, machucou, magoou ... naqueles primeiros momentos, você passa só a pensar em asneira, não ter vontade de nada ... torna-se um martírio dormir (só quando chegava a exaustão física, as vezes após 48 horas acordado, direto) e mais martirizante ainda era acordar, sem perspectiva alguma, sem chão, sem saber o que fazer e como seguir, perdido ... As cicatrizes ficaram (e serão eternas), mas a dor diminuiu ... o que era amor, hoje é mágoa e ressentimento (amor e ódio caminham lado a lado) ... quem sabe um dia, tudo isso passe ... enquanto isso, sigamos em frente.

Agradeço sempre ao universo por me proporcionar uma família e amigos maravilhosos, com os quais posso contar quando for ... Vocês (sabem quem são), fizeram, fazem e farão a diferença, sempre.

Agradeço também aos deuses do rocknroll por me proporcionar sanidade (tocar, pra mim é terapêutico, melhor que qualquer psicólogo) ... quando toco exorcizo alguns dos meus demônios, facilita um bocado.

Vi uma imagem na net e acabei me identificando com o momento ... olhem só ...



Tem sido o meu mantra ...

Bom, pra finalizar essa celeuma, vou usar um argumento da pessoa mais sábia que conheço, minha avó, Dona Felícia, do alto dos seus 84 anos, me disse: "Filho, não se preocupa, o que é seu tá guardado. Na hora certa, você encontra".

Pois é. Estou fazendo isso, vivendo um dia de cada vez, deixando o tempo fazer a sua mágica.

Vida que segue.

ps.: Que falta do meu chuveiro a gás!!! :p

ps2: Trilha sonora ... esse blog ainda é sobre música ...







quarta-feira, 26 de junho de 2013

Tá osso ... sinto o fim se aproximando ...

Buenas (pra vocês, pra mim tá osso) ...

Preciso exteriorizar os meus demônios.

A fase tá pra lá de ruim e acho q a hora da definição se aproxima, a espera tá me matando, assim como a incerteza ... e pra esses momentos de angústia, ninguém é melhor que a boa música como companhia.

O clima não tá dos melhores, logo, não esperem uma happy song, algo como "You and Me Song" do Wannadies, tô mais pra Joy Division ... embora seja um trocadalho do carilho que a música feliz seja dos "quermorrer" e a tristonha e soturna seja da "divisão da alegria" ... a vida é mesmo um troço estranho que nos prega peças ...

Tava teoricamente tudo bem, mas, acho que meu castelinho de cartas desabou. Tenho culpa, mas não sou o único culpado dessa história. Nada aqui foi feito sozinho ... e pra me sentir um pouquinho mais down, a de hoje é do Blur (banda prediletíssima da casa). Não conhece? Se mata.

Esse som foi feito após um dos maiores pés na bunda que o rocknroll tem notícia. Foi o fim do namoro do gênio Damon Albarn com a arrasa corações Justine Frischman (do Elastica). O disco onde essa pérola saiu, o incompreendido "13", é todo sobre o fim desse relacionamento.

O disco soa quase todo como um exorcismo. Nele, Damon Albarn tirou tudo o que ainda o magoava dessa história e transformou o amargo em 13 (sugestivo não?) canções fenomenais, que colocam o disco como um dos pontos altos de sua discografia.

Esse som que não paro de ouvir desde ontem de madrugada, se chama "No distance left to run" onde as guitarras de Graham Coxon são desconexas mas de uma singeleza e de uma docilidade sem tamanho e em sua letra, Albarn anuncia o fim. Que não era mais possível fazer nada pela relação, nem por eles. É um pedido de socorro pro amor próprio e um desejo sincero de que a outra pessoa seja feliz como, quando e com quem quiser ...

É triste demais assumir o fim, esse cara o fez com maestria, talvez isso o faça um de meus compositores prediletos. Se estiverem afim de curtir uma fossa, a trilha sonora tá garantida no vídeo abaixo.

Enquanto isso, a vida segue (ao menos deveria) ...

Até.







Como uma canção pode salvar sua vida ...

Boa noite ... embora pra alguns seja bom dia, anyway ... tô de vorta. Hoje não vou comentar disco nenhum.

Ando com a cabeça cheia demais pra conseguir me concentrar em qualquer obra nesse momento. Pois é, todos passamos por momentos difíceis, acho que agora é a minha vez. Como todo momento difícil, de fossa, de saco cheio, de neurose tem a sua trilha sonora pra facilitar a digestão da dita situação adversa, hoje vou falar da minha, que se resume a uma única música, e que bela canção. Estamos falando de uma canção do longínquo 1981, de uma banda estadunidense, da cidade de Boston e que fazia e ainda faz um dos mais poderosos post-punks que temos ideia. São os caras do Mission of Burma

O som dos caras é pra lá de classudo. Baixo muito bem trampado, batera pesada, guitarras cheias de distorção, voz marcante, ou seja, som pra pular, pra dançar, pra encher pista e chacoalhar o esqueleto no baile. Confesso que não conhecia essa versão da música (a original), só conhecia a versão do Moby (que acho bem bacana), mas nem lembrava desse som. Aí assistindo o raio da série da Mtv, a tal da "Menina sem qualidades" e em um dos episódios tem uma banda (que na verdade são os caras do Vivendo do Ócio) tocando esse som, e aí, bateu o estalo!!! Caraca eu lembro dessa música, curti muito no Retrô e talz, mas nem imaginava ouvi-la de novo. Ai me liguei no que o cara cantava no refrão pra pegar o nome da dita cuja. Depois de achar algumas versões bem bacanudas dela, como a do Catherine Wheel e a do próprio Moby, cheguei na original que é essa aqui:



Que som é esse? Que linha de baixo fantástica! Faz uns 3 dias que não ouço outro som. É ela no repeat infinitamente e ela não enjoa.
Se a fase ruim vai passar, eu ainda não sei, mas desde já, agradeço aos caras do Mission of Burma pela ajuda. Valeu.