Preciso exteriorizar os meus demônios.
A fase tá pra lá de ruim e acho q a hora da definição se aproxima, a espera tá me matando, assim como a incerteza ... e pra esses momentos de angústia, ninguém é melhor que a boa música como companhia.
O clima não tá dos melhores, logo, não esperem uma happy song, algo como "You and Me Song" do Wannadies, tô mais pra Joy Division ... embora seja um trocadalho do carilho que a música feliz seja dos "quermorrer" e a tristonha e soturna seja da "divisão da alegria" ... a vida é mesmo um troço estranho que nos prega peças ...
Tava teoricamente tudo bem, mas, acho que meu castelinho de cartas desabou. Tenho culpa, mas não sou o único culpado dessa história. Nada aqui foi feito sozinho ... e pra me sentir um pouquinho mais down, a de hoje é do Blur (banda prediletíssima da casa). Não conhece? Se mata.
Esse som foi feito após um dos maiores pés na bunda que o rocknroll tem notícia. Foi o fim do namoro do gênio Damon Albarn com a arrasa corações Justine Frischman (do Elastica). O disco onde essa pérola saiu, o incompreendido "13", é todo sobre o fim desse relacionamento.
O disco soa quase todo como um exorcismo. Nele, Damon Albarn tirou tudo o que ainda o magoava dessa história e transformou o amargo em 13 (sugestivo não?) canções fenomenais, que colocam o disco como um dos pontos altos de sua discografia.
Esse som que não paro de ouvir desde ontem de madrugada, se chama "No distance left to run" onde as guitarras de Graham Coxon são desconexas mas de uma singeleza e de uma docilidade sem tamanho e em sua letra, Albarn anuncia o fim. Que não era mais possível fazer nada pela relação, nem por eles. É um pedido de socorro pro amor próprio e um desejo sincero de que a outra pessoa seja feliz como, quando e com quem quiser ...
É triste demais assumir o fim, esse cara o fez com maestria, talvez isso o faça um de meus compositores prediletos. Se estiverem afim de curtir uma fossa, a trilha sonora tá garantida no vídeo abaixo.
Enquanto isso, a vida segue (ao menos deveria) ...
Até.