terça-feira, 30 de novembro de 2010

A volta do Boêmio - Redescobrindo os bons sons. Anos 90 - parte 4

Bona sera.

Até que enfim de volta a ativa. Terminada a facu (que parto), agora posso voltar a postar os bons sons e compartilhá-los com vcs.

E continuando com os grandes álbuns dos 90's, hoje to postando um dos meus prediletos da casa all time e que fez com que eu discutisse com vários brothers quanto à qualidade do mesmo (tinha gente que metia a lenha sem nem ter ouvido o álbum todo, só falavam mal de uma canção e não conheciam o resto). Picuinhas à parte, esse post é dedicado ao fodástico "Parklife" do mais fodástico ainda BLUR.



Banda capitaneada pelo workaholic de carteirinha, o vocalista Damon Albarn (Gorillaz, The Good The Bad & The Queen) e que ainda tinha em sua formação o grande e injustiçado guitarrista Graham Coxon (um dos grandes nomes da guitarra na Inglaterra dos anos 90 em frente), o baixista Alex James (Bad Lieutenant) que tocava o baixo mais suingado da ilha e o irreparável e constante batera Dave Rowntree.

Depois de 2 lançamentos, o debut "Leisure" (o meu preferido) de 1991 e o tão bom quanto "Modern Life is Rubbish" de 1993, o Blur já contava com um nome de respeito na cena indie inglesa, mas queriam muito mais, eram bem mais ambiciosos, queriam conquistar a ilha, e fizeram-no com este álbum de 1994.



Nada está fora do lugar. As guitarras rasgadas de Coxom contrapõem-se ao baixo funky de James criando algo único que se tornaria característico desse álbum em diante no som dos caras. Quanto mais suingado era o baixão de James, mas reta, seca e sem firula era a guitarra de Coxom e vice-versa.

Esse petardo conta com algumas das composições mais inspiradas dos caras, vão desde a criticadíssima, dançante e gay "Girls And Boys", até a pedrada de "Jubilee" passando pela inspiradíssima balada "To the End" cheia de arranjos orquestrados e talz e pela pérola indie "This is a Low". Com todas essas disparidades de estilos, os caras conseguem nos mostrar um álbum altamente conciso, inspirado, com punch e suingue na mesma medida. Era o álbum certo na hora certa. Inspiradíssimo se pudesse defini-lo em uma palavra.

Esse disco foi com toda a certeza o divisor de águas na carreira dos caras. A Partir de então o Blur passou a ser respeitado e cobrado como banda grande e não sentiu o peso da camisa, continuou lançando ótimos trabalhos até seu hiato em meados de 2003 quando Coxom abandona a banda no meio das gravações do irregular "Think Tank". Em 2009 retornam com um show antológico no Hyde Park onde ficou provado que a banda ainda tinha muita relevância. Lançaram um documentário sobre o show de retorno e prometem um novo álbum para 2011 o qual aguardo ansiosamente.

Sem mais delongas, deleitem-se com o fodástico "Parklife" do Blur.

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