sábado, 20 de março de 2010

Indierock de la tierra del Chavo

Hola !!! (apropriado né?)

Hoje vamos até a terra do Chaves pra falarmos de uma banda que pra mim é uma grata surpresa, chama-se "Hello Seahorse!".



Banda indie mexicana formada em 2005 na Cidade do México, rapidamente ganhou o reconhecimento como um dos novos grandes nomes no pop rock mexicano, colocando o seu primeiro single comercial "Bestia" em rádios comerciais em Novembro de 2008.

A atual formação dos caras conta com Lo Blondo (voz), Oro de Neta (piano, teclados/samplers e baixo) e Bonnz! (bateria). Até um tempo atrás contavam com um guitarrista em sua formação que se chamava Julio. Hoje usam eventualmente algum guitarrista contratado.

A vocalista Lo Blondo, ecreve suas letras em Inglês e Espanhol, apesar de faixas mais recentes serem apenas no idioma hispânico. Suas letras falam tanto absurdo ou temas surrealistas.

Lançaram dois álbuns de estúdio até o momento, o primeiro chama-se "...And The Jellyfish Parade" saído em 2006 e o mais recente chama-se "Bestia" e data de 2009. A música "Bestia" ganhou o prêmio de "Canção do Ano" em 2009 no México "Indie-O Music Awards"



O primeiro álbum "...And The Jellyfish Parade" é menos eletrônico que o álbum seguinte, a guitarra se faz presente mesmo que de maneira discreta e se harmoniza de uma maneira quase lúdica com os teclados/samplers. Essa relação é com certeza o grande destaque desse álbum. O baixo, mesmo quando é mais discreto é muito bem tocado e encaixa-se perfeitamente em todas as faixas, dando um ar mais orgânico às músicas. A batera é competente e dançante quando preciso. A voz é doce, beeeeeem doce, as vezes pode parecer meio forçada de tanta doçura, mas é muito bem trabalhada e "casa" perfeitamente com a proposta da banda.

Todas as música são boas, mas da pra destacar como acima da média as faixas "4" (é o nome da canção, não o número dela) e "Square Head".



O segundo disco, chamado "Bestia" é de uma doçura ímpar, te faz chacoalhar o esqueleto em algumas faixas e te faz viajar em outras. É extremamente bem produzido. Tudo se encaixa, o álbum é bastante coeso. Os samplers aparecem com muita força (são muito bem encaixados no contexto de cada música), quase não há guitarras e por mais que eu adore música com muita guitarra, nesse álbum elas não se fazem tão necessárias, os samplers preenchem o espaço delas com maestria. A cozinha não da nem pra falar, o batera manda muito bem e convive em total harmonia com os beats mais eletrônicos, o baixo tem aquela puta pressão que o povo do electro costuma usar. A voz de Lo Blondo é a cereja do bolo de um discaço multi-premiado em seu país natal.

Fica complicado escolher duas ou três faixas como destaque, ouça o disco todo, mas caso queira dar atenção especial a uma ou duas faixas, vá de cabeça em "Criminal", "Bestia" e "Universal 2", são duca.

Devido ao rápido e grande crescimento da banda, já dividiram o palco com bandas como "Beastie Boys", "Jarvis Cocker", "Clinic" e "The Killers". Pra quem conhece e gosta, o som deles lembra uma banda canadense (muito boa por sinal) chamada "Reverie Sound Revue".

Caso quiram dar uma conferida, basta passarem nos comentários.

Divirtam-se.

O Jazzyrock que ninguém nunca ouviu falar

Olás,

Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui de novo. Sei que tô em débito, mas a faculdade não me deixa tempo pra mais nada ... Mas o q importa é que cá estou eu de novo.

Hoje vou falar de uma banda que até hoje náo tinha achado informação nenhuma (e continuo sem informações sobre eles, mas vamos lá), não sei se é canadense ou estadunidense, mas se chama Sault Ste. Marie.

O nome da banda é o mesmo de uma cidade canadense e sobre a cidade temos várias informações pela net.

Bom, vamos ao disco.



"Press & Drizzle" foi lançado em 1999 por algum selo indie e pelo visto não teve divulgação alguma, pois não há nem resenhas sobre o disco pela net, o que é um desperdício, porque este é um discaço!!!

Quem me apresentou essa banda foi um brother de longa data, o Zenitão, baixista d'Os Personas, uma banda bem bacana de ska aqui de São Paulo. Disse-me ele, que sua namorada tinha comprado o disco numa barraquinha em algum festival que já não me recordo e que não tinha pago nem R$ 20,00 pela pérola. Consegui convencê-lo que me emprestasse (o que foi um parto) e copiei o cd na mesma hora. Que viagem!!!

Não se nota baixo nas músicas da banda, provavelmente sejam um duo (guitarra e bateria), e pelo som que eles conseguem tirar, nem se faz necessário. Guitarra suja em boa parte das vezes, mas quando tocada limpa, tem a mesma pegada de quando distorcida, a batera por sua vez lembra aqueles músicos de jazz das antigas, a improvisação corre solta, o batera é quem mais viaja no som dos caras.

Estruturas complexas, tempos quebrados, compassos esquisitos, vozes bacanas, ótimos instrumentistas, ou seja, discaço.

É disco pra ouvir de cabo a rabo, não da pra ouvir picado, mas, caso queira uma bula para começar em doses homeopáticas, vá de cabeça em "Marsha Marsha Marsha" e "Mannequin, Meter Maid, Mannequin" ou se jogue de cabeça nessa incrível viagem jazzyrocker.

Caso fiquem curiosos, passem nos comentários e divirtam-se.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quando as guitarras não se fazem tão necessárias

Ois,

Existem bandas que fazem com que este mítico instrumento para o rocknroll seja posto em segundo plano, entre essas bandas com certeza em lugar de destaque está o NED'S ATOMIC DUSTBIN.



Banda formada na cidade inglesa de Stourbridge, era uma das bandas mais adoradas da leva de grupos que dominavam o rock britânico no início dos anos 1990.

Entre os diferenciais dos caras estava a formação que era bastante incomum. Além do vocal eficiente, uma guitarra alucinada e uma bateria vigorosa, as linhas das músicas são feitas por dois contra-baixos.

O line-up dos caras contava com Jonn Penney (voz), Gareth “Rat” Pring (guitarra), Alex Griffin (baixo principal), Matt Cheslin (baixo rítmico) e Dan Warton (batera).



Em 1991 sai o primeiro disco dos caras, o clássico "God Fodder" que é até hoje considerado por muitos o melhor disco dos caras. Discaço. É pesado, beeeem pesado, mas cai como uma luva pra agitar as coisas no baile. O fato de ter dois baixos em sua formação, faz com que mesmo pesado o som dos caras seja propício para se chacoalhar o esqueleto no baile. Funciona horrores pra isso.

O disco é cheio de clássicos, "Happy", "Selfish" e "Cut Up", fazem a alegria da galera, mas se tiver que começar por uma só apenas, vá de cara em "Grey Cell Green", que é uma das melhores faixas que eles lançaram e era obrigatória nas rockbalads de SP nos 90's. Obrigatória.



No ano seguinte os caras lançam outra pedrada de igual calibre, o elogiado "Are You Normal?". Outro discaço, mais peso e mais diversão. Nesse disco eles melhoraram ainda mais a dinâmica dos dois baixos. Há maior coesão, mas o ritmo pulsante e alucinado continua. Entre os destaques desse disco estão "Tantrun" e "Nothing Sleeping Around".

Podemos dizer que em "Are You Normal?" o Ned's conseguiu desenvolver ainda mais a sua identidade sonora. Deixa um pouco de lado as canções mais "pop", e aproxima-se da modernidade, que marca a chegado do próximo àlbum.

A banda passou os próximos anos em uma turnê mundial antes de gravar seu último álbum, "Brainbloodvolume" lançado em 1995.



O álbum tinha um som mais diversificado, incluindo samplers e teclados. Destacam-se nesse disco, "Stuck", "Borehole" e "Traffic".

A gravadora dos caras lançou o álbum primeiramente nos Estados Unidos antes de lançar na Inglaterra, sua terra natal. Isso fez com que os fãs se antecipassem ao lançamento e comprassem o disco importado, fazendo com que o disco não fosse bem nas paradas inglesas. Essa mancada da gravadora acabou causando diversas tensões dentro da banda e da banda com a gravadora, fazendo que eles optassem por terminar a banda no mesmo ano.

Em 06/05/2008, na lendária "London Astoria", os caras fizeram o primeiro show desde 1995. O line-up original está todo de volta. Talvez seja falta de dinheiro, ou quem sabe seja apenas diversão (assim como você terá ao passar nos comentários). O que importa é que os caras estão de volta e ficamos ávidos na espera de material novo.

Sejam bem-vindos de volta.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Quando o Lago Paranoá desemboca no Rio Tâmisa

Opa,

Se existe uma banda brasileira que DEVERIA ter nascido em solo inglês, essa banda com certeza é o LOW DREAM.



Formado em Brasília em 1991 pelos irmãos Giuliano Fernandez(voz e guitarra), Giovani Fernandez(bateria) e pelo amigo Samuel Lobo(baixo) tinham por influências só o filé do rocknroll de todas as épocas. Nota-se pinceladas de Ride, MBV, Spaceman 3, além das clássicas, Byrds e Velvet Underground. Com um cartel de referência dessa magnitude, o que esperar dos caras? Bom som. Muito bom, diga-se de passagem.

Após uma demo de sucesso(foram 800 cópias) e a veiculação de um clipe na Mtv, um verdadeiro culto se estabeleceu em torno do trio braziliense. Consequentemente, Giulliano montou um eficiente esquema de divulgação, dando atenção especial aos fãs que entravam em contato com eles. O que resultou em fãs que viajavam apenas para assistir a um show da Low Dream que nem tinha uma presença de palco fora do comum, mas a guitarra com camadas e mais camadas de efeitos, hora dedilhada, hora tocada com agressividade, além da voz etérea prendia a atenção do público que ficava embasbacado a cada nova apresentação dos caras.

Com todo esse feedback eles foram convidados pra tocar na primeira versão do Festival Juntatribo em Campinas no ano de 1993 e foi um dos grandes destaques do festival chamando a atenção de parte da mídia especializada.



Em 1994 enfim a estréia em disco: "Betweem My Dreams And The Real Things". Claramente inspirados pelo MBV, esse disco era a representação melhorada do que os caras eram no palco. Aqui tudo se encaixa, tudo soa perfeito, há guitarras, muitas delas, cada uma fazendo algo diferente, há camadas e camadas de efeitos o que torna o disco obrigatório para os fãs de Kevin Shields e sua trupe. Baixo e batera apenas fazendo a cama para as guitarras e a voz etérea, quase imperceptível de Giuliano. Todas as músicas são duca, mas se tiver que destacar, fique com "I never had sugar dreams" e "Only a finest breeze".

Com esse disco, o trio brasiliense conquistou a imagem de banda mais admirada no meio indie brasileiro sendo convidada a tocar em vários estado brasileiros.

Após o hiato de 2 anos, sai em 1996 a grande obra da banda, na minha modesta opinião o melhor disco de indierock nacional da década de 90, o disco que TODOS os indierockers dariam a alma para o capeta para tê-lo feito, e eu sou um deles, enfim, "Reaching For Balloons".



Reaching For Balloons é mais melódico e tem uma produção mais caprichada que o álbum de estréia. O disco é mais pop e nem por isso deixa de ser fantástico. Nenhuma banda até então tinha conseguido ser tão indie e tão pop no mesmo disco. Guitarras trabalhadas (agora eram duas com a inclusão de um quarto membro, o guitarrista Luiz Eduardo, que havia acabado de chegar da Europa), a cozinha muito mais apurada, a inserção de teclados adicionais, músicas cantadas em francês(Trois Million d'Etoilles) e o esmero na composição fazem desse disco um dos melhores discos independentes do país em todos os tempos. Todas as músicas se destacam, anda está fora do lugar, mas se tiver que escolher apenas uma, ouça "Me and my friend rain", na minha opinião, é "A música" desse discaço.

O único problema desse disco, é que esse era o disco certo no lugar errado. Se tivesse sido lançado na Inglaterra, tinha emplacado com toda a certeza, mas aqui, cantando em inglês, era complicado que tivessem feito sucesso.

Apesar da organização e do controle sobre o seu trabalho, os músicos do Low Dream não resistiram à falta de estrutura do meio alternativo brasileiro. A banda não anunciou o fim oficialmente, mas foi sumindo aos poucos. No final da década de 90, Giulliano trocou a guitarra pelas pick-ups e se tornou um dos djs mais efetivos da cena eletrônica de Brasília, conhecido como DJ Popper.

Como o fim da banda não foi oficialmente anunciado, ficamos na esperança de que a melhor das guitarbands nacionais volte. Enquanto isso, dá uma passada nos comentários e divirta-se.

Até.

Drugstore, ou a banda que poderia ter sido mas nunca foi

Hi,

Isabel Monteiro, baixista e vocalista brasileira, viveu um conto de fadas indie.

Saiu de São Paulo no final dos anos 80, largando família, faculdade e finais de semana na praia para se aventurar em Londres passando fome e fazendo bicos para sobreviver.

Nessas andanças pela capital inglesa, conheceu o baterista americano Mike Chylinski e resolveram montar uma banda, a DRUGSTORE.



A dupla recrutou o guitarrista Daron Robinson e venderem todas as 500 cópias de seu primeiro single, "Alive". Após isso, foram convidados para excursionar com algumas bandas maiores como Tindersticks, Jesus and Mary Chain, Smashing Pumpkins, Lemonheads e com o Radiohead, além de serem convidadados a tocar nos dois festivais mais importantes da cena inglesa: o Reading e o Glastonburry. Tudo isto, antes de lançar o primeiro disco.

Após assinar com a Go! Discs, enfim a estréia tão esperada.



"Drugstore", o disco saiu em março de 1995, com 14 canções melódicas, melancólicas, com letras que mostram amores e desamores na vida de qualquer pessoa em qualquer canto do mundo. Baixo marcado, quase reto, batera minimalista e uma guitarra cheia de distorção e feedback fizeram a alegria da mulecada indie ao redor do mundo. A voz de Isabel é um caso a parte, é triste, sofrida, as vezes angustiantes e faz o complemento perfeito para o instrumental do trio.
No Brasil, mesmo o disco não sendo lançado, a banda virou hype graças ao saudoso "Lado B" na Mtv. Todas as baladas rocknroll de São Paulo à época tocaram "Solitary Party Groover" a exaustão. "Fader" e a própria "Alive" são alguns dos pontos altos desse discaço. Recomendadíssimo.

Após o relativo sucesso do primeiro disco, eles assinam com a multinacional "Roadrunner" e lançam em junho de 1998 o segundo disco: "White Magic For Lovers".



Aqui há uma mudança no line-up da banda com a entrada de Ian Burdge variando entre um violoncelo, teclados e no baixo de vez em quando. Essa mudança faz com que as novas canções soem mais maduras em relação ao primeiro disco. Há mais violões e o celo ocupa um belo espaço nas composições. A temática das letras continuam cantando o amor/desamor, mas agora Isabel também canta aos excluídos.

Há ainda a participação mais do que especial de Thom Yorke (Radiohead) na canção "El President" que é uma homenagem de ambos a Salvador Allende. Entre outros destaques há ainda a bossa-nova "I don't want to be here without you" e "Sober" que lembra mais a sonoridade do primeiro disco.

Na turnê deste disco eles deram uma passada por aqui e fizeram os únicos shows em terras brasileira, no show de São Paulo que foi no SESC Sto. Amaro, eu estava lá. Foi duca!!! é o mínimo que dá pra dizer.



"Songs For The Jet Set", o terceiro lançamento da banda, é um disco mais acessível, porém com o mesmo poder de embalar noites de solidão e dores de amores. Para a turnê de divulgação deste disco, a banda recrutou mais um guitarrista, Matt Aulich.

Gravado em apenas 11 dias e lançado em maio de 2001, o disco tem um clima introspectivo repleto de baladas cantadas pela bela voz da brasileira.

Algumas músicas como "Baby Don’t Hurt Yourself" coloca a banda na sensacional onda folk que tomou a Inglaterra à época. É o disco mais "adulto" da banda com toda a certeza. Já não há a distorção e a urgência do primeiro disco, mas a essência da banda não foi maculada com o passar do tempo.

Neste disco a brasilidade de Isabel fica mais latente, "Navegando" tem o refrão cantando em português, "Man Bird Machine" é uma bossa-nova e em "Flying Down To Rio", faz uma homenagem ao sol do Rio de Janeiro. Há também a "estréia" de Daron nos vocais, compartilhando a música "The party is over" com Isabel. O ponto alto do disco na minha opinião.

A última informação que tive da banda é que após um hiato de quase 7 anos eles voltaram a se apresentar no ano passado. Tomara que desta reunião surja material novo. Estamos com saudades. Pra matar a sua saudade, basta dar uma passadinha nos comentários.

Até.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma das melhores bandas inglesas dos anos 90 é de Salvador, BA.

Olás,

É possível acreditar que o shoegazer, som tipicamente inglês, tenha florescido e dado o melhor de todos os seus frutos na Bahia? Justo na Bahia? O lugar menos inglês do Brasil.

Pois é, acidentes geográficos acontecem, e é sobre um destes belos acidentes que falaremos nesse post. O tal acidente geográfico chama-se "brincando de deus" (com letra minúscula mesmo).



Criado em Salvador em 1992, o brincando de deus, fez história no rock alternativo como uma das primeiras guitar bands brasileiras (denominação das bandas shoegazer em terras brasilis). Cantando em inglês e com sua sonoridade calcada principalmente no indie rock, a banda também é brilhantemente pop em suas composições.

Entre as grandes influências da banda percebe-se resquícios de Smiths, de House of Love e de Joy Division de quem eles são fãs confessos e já até gravaram um cover da canção "Disorder".

A formação dos caras contava com Messias na guitarra e voz, Cezar nas guitarras (caberia em qualquer banda da Creation Records nos primórdios dos 90's), a cozinha conta com Dalmo no baixo e Ruy na batera, fechando o time com uma coesão incrível.

Entre seus shows antológicos está a apresentação no 2º Festival Juntatribo em Campinas onde no meio de "Christmas Falls on a Sunday" a luz simplesmente acaba. Simples assim. O povo fica xingando até que se reestabeleça a energia e só então os soteropolitanos voltam a tocar.

Eu tive o prazer de vê-los ao vivo uma única vez na inauguração do Sesc Sto. Amaro em 2000 (se não me engano) e foi um dos melhores shows que eu já vi. Além de uma puta competência no palco os caras foram hiper gente fina conosco, trocaram idéias, contatos e nos deixaram com a promessa de um outro show. Estamos na espera caras !!!

Existem 2 álbuns oficiais dos caras, são eles: "Better When You Love (Me)" de 1995 e "Brincando de Deus" de 2000, vamos a eles.



Better When You Love Me é o disco que todas, eu disse todas as "guitar bands" nacionais dariam um braço pra ter composto. Guitarras muito bem trabalhadas, hora melódicas, hora raivosas, belas melodias assobiáveis, letras inteligentes em inglês(não ligando a mínima pro mercado fonográfico) e uma cozinha competente fizeram e ainda fazem desse disco uma das pedras fundamentais do indie rock nacional. Pra definir em uma palavra, Sublime. Entre as pérolas estão, "Spleen", "Tweedledum", "Demolished House" e outras.



Brincando de Deus, o álbum, veio com uma carga de expectativa gigantesca, primeiro pela qualidade do primeiro disco e segundo porque um incêndio destruiu o estúdio do vocalista Messias, destruindo as "masters" desse disco que precisou ser refeito do zero. Com a ajuda(nos teclados) e a produção de André T. os caras conseguiram dar um salto de excelência fenomenal do primeiro para o segundo disco. O que era complicado de ser batido no quesito qualidade, foi superado pelos próprios no segundo álbum. Esmero na produção, canções tão shoegazer quanto as do primeiro disco mas ainda mais acessíveis, a inserção de teclados e pasmem, inserção de versos em português, fazem desse disco um dos top 3 do indie nacional. Compre, baixe(nos comentários), roube, mas não fique sem.

O QUE FOI DITO SOBRE A brincando de deus ...

"Se você tiver gastar sua grana para comprar dois discos, um nacional e outro internacional, que estes dois sejam "Parachutes", disco de estréia da ótima banda britânica Coldplay, que sai no Brasil pela EMI. Só a faixa "Yellow" vale o álbum. Experimente no Napster. E o disco "Brincando de Deus", da grande banda baiana de mesmo nome, que canta em inglês. Produção independente." (Lúcio Ribeiro , Universo On Line/Folha de S.Paulo).

"brincando de deus, a revolução baiana. Longe do nihil obstat caetânico, a brincando de deus virou as costas para as panelinhas brasileiras, faz um som que não segue moda alguma e lançou um ótimo CD independente, "better when you love(me)". (Álvaro Pereira, Folha de S.Paulo).


"Vem da Bahia o disco mais independente do ano. E também a melhor investida em guitar distortion que uma banda nacional já perpetrou. A capa é de um bom gosto incrível, disparado uma das melhores do ano. Além de seu esquemão independente, capaz de matar o Fugazi de inveja, a banda toca muito. As letras em inglês estão bem acima da indigência habitual das bandas nacionais. Ou seja: há uma penca de motivos para escutar a brincando de deus." (Thales de Menezes, Revista General/Folha de S.Paulo).

"If anyone has not yet picked up a copy of brincando de deus you should write to Quidity Records as soon as possible. I picked this 7” up on tuesday and it seems like it has been glued to my turntable since then. Gorgeous gorgeous gorgeous shimmering pop." (Bob Rak, Indie Pop List-USA).

"Wonderful male vox from Brazil; incredible, astounding indie pop band!" (Parasol Records Web Site).