segunda-feira, 8 de setembro de 2014

#discodasemana - Agosto/2014

Buenas,

Agosto foi um mês atípico, teve 5 semanas, logo, 5 resenhas novas pra vocês.

Caso queiram acompanhar pelo instagram, é só seguir: @hadouken_sp ou usar a hashtag "#discodasemana ...

Vamos ao rocknroll que é o que interessa:

 "(Whats the Story) Morning Glory?" - Oasis

Clássico da minha adolescência. Me acompanha desde 1995, quando saiu.

Esse disco é a afirmação do Oasis, o temido segundo disco cheio de expectativa e responsabilidade. Aquele q costuma derrubar os mais incautos, mas isso não acontece aqui, nem de longe. Esse disco nada mais é do que uma coleção de pérolas que mostra ao mundo a genialidade de Noel Gallagher e da com que seu irmão caçula, Liam, se roa de ciúmes.

Disco todinho composto pelo Gallagher mais velho que aqui é amparado pela segunda formação dos caras. Aquela aura rocknroll do primeiro disco é um pouco deixada de lado com a troca do batera. O novo, Alan White é muito mais técnico, mas não tem o feeling nem a pegada rocker de Tony McCarroll, o batera sumariamente expulso da banda, pois pros irmãos, ele não tinha habilidade suficiente. Os outros comparsas de sempre pra segurar a onda, "Bonehead" Arthurs (na guitarras) e Paul McGuigsy (no baixo).

O disco abre rocker com "Hello", numa continuação direta do primeiro disco, depois oscila entre alguns pops, outros rocks e o ponto alto desse disco, as baladas. São essas as músicas que mais pegaram e fizeram a fama da banda (popularizou monstruosamente o trabalho dos caras). O final do disco é épico com a baladaça "Champagne Supernova" com refrão grudento pra cantar a plenos pulmões e solo marcante do Gallagher mais velho.

Um disco conciso, bem feito, que mostra o crescimento de uma banda em pleno vôo. Um dos discos que mudaram minha vida. Simplesmente sensacional. #disco #discodasemana #oásis #whatsthestory #noel #gallaghers #rock #britpop #eupiro #clássico #foda #prediletosdacasa

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"Everything Must Go" - Manic Street Preachers

Como continuar após o trauma de perder seu principal letrista? O cara simplesmente escafedeu e nunca mais foi achado.

Decidir continuar foi uma atitude adulta e sensata. Mas recomeçar nunca é fácil, mas os Manics o fizeram com maestria. Substituíram a segunda guitarra do amigo sumido por orquestrações, pianos/teclados, violinos, harpas e fizeram as músicas mais bem arranjadas da sua carreira.

Dos rockões como "Austrália", "Enola/Alone" e "Further Away", às orquestrações e lirismos de "A Design For Life" e da faixa título, tudo soa como Manic Street Preachers, mesmo que não seja como de costume. Tiveram que evoluir na marra.

Nesse disco consta também a ultima canção escrita por Richey James antes do chá de sumiço, "Kevin Carter", com as guitarras típicas dos Manics de outrora e o refrão. Pra cantar a plenos pulmões. Ah!! Quanto a cantar, JD Bradfield nunca cantou tanto como neste disco.

Quando dizem que tudo deve seguir em frente ("Everything Must Go", em português), eles levam isso extremamente a sério e fazem a sua obra prima. Talvez para mostrar ao mundo como eram capazes, ou como um pedido de desculpas a Richey por terem continuado, tanto faz. Eis o ápice dos galeses nessas 12 faixas. Disco de gente grande. #discodasemana #disco #rock #manicstreetpreachers #msp #everythingmustgo #eupiro #guitarras #foda #épico #melhor #prediletosdacasa

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 "48:13" - Kasabian

Caos. Se pudesse definir esse disco novo do Kasabian em uma só palavra, seria essa.

Já começa bizarro pela capa pink e a única imagem (que não é imagem) é o tempo das músicas. Seria um novo conceito ou preguiça mesmo?

O disco começa cheio de barulhinhos com a instrumental "Shiva", depois a pedrada, arrasa-quarteirão"Bumblebee" (séria candidata a música do ano), uma cacetada com baixo pesado, batera surrada, voz distorcida, backings cavernosos e guitarras pontuais. Ai entramos em outra máxima sobre os caras: Pra que serve a guitarra do Pizzorno? Figuração? Se fosse só a do Jay Mehler ja estaria de bom tamanho, mas se insistem em 2, quem sou eu pra falar?

Impossível não comparar esse disco aos trabalhos do Primal Scream, a mistura de rock com música eletrônica é latente e indissolúvel no som dos caras. Mas mesmo parecendo tanto, nota-se que é influência, referência, não cópia ou plágio. Um disco não linear, ao mesmo tempo que há músicas pra curtir na pista e pra cantar a plenos pulmões em festivais, há espaço para a bucólica "S.P.S.".

Conseguiram evoluir ao longo dos anos e fizeram esse discasso (desde já, candidato a melhores de 2014) mostrando que a fórmula não se esgota com facilidade. Pode não mudar a vida de ninguém, mas é uma puta trilha-sonora pra uma festa pra lá de animada. Fica a dica. Recomendado. #disco #discodasemana #kasabian #4813 #rock #electronic #indie #duk7 #bompacas #melhoresde2014 #eupiro #capafeiadok7

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 "Lonerism" - Tame Impala

Chapação e viagem. Os australianos revisitam a psicodelia dos anos 60 e 70 como se ainda por lá estivessem.

O álbum começa seco, com "Be above it", que até explodir, nem parece a mesma banda que gravara anteriormente o fodástico "Innerspeaker". Essa primeira faixa está muito mais pra algo eletrônico/experimental do que pra Tame Impala.

A Piração e a imersão nos sons de outrora começam em "Endors Toi" e tem o seu pico em "Apocalypse Dreams" (pra mim a melhor faixa dos caras, a síntese do que é o Tame Impala), e daqui pra frente o álbum se torna uma viagem sem volta, psicodélico e viciante, te leva para estados alterados da mente, principalmente se estiver ouvindo através de fones de ouvido.

Tudo é perfeito, tudo soa vintage, tudo soa de época, o que é a maior virtude dos caras. Eles não soam como cópia. Teria feito bonito em Woodstock ou em qualquer outro festival psicodélico dos anos 60 ou 70. Soam consistentes e verdadeiros. Baixo pesado, batera crua, guitarras cheia de efeitos, teclados, muitos teclados e voz, etérea, como se viesse direto de um sonho. Pra ouvir assistindo Alice no País das Maravilhas, doidaço. Ou pra entrar em uma viagem sonora apenas com a musica como combustível de chapação. Simplesmente alucinante. Recomendadíssimo. #disco #discodasemana #tameimpala #lonerism #psicodelismo #rock #rockmusic #viajandão #60s #70s #Ducaráleo #foda #discaço #presiletosdacasa #muitobom

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 "Into the Sun" - Sean Lennon

Impossível não comparar o caçula do clã dos Lennon com seu próprio pai, o ex-beatle. A voz é incrivelmente parecida, mas as semelhanças musicais acabam por ai.

Sean se mostra um artista cosmopolita e plural. Em seu disco de estreia, o fodástico "Into The Sun", monta uma colcha de retalhos sonora, um caleidoscópio musical com uma banda de responsa que contava com a participação de Yuka Honda do Cibbo Matto nos teclados e que chegou a fazer um show absurdo no finado Free Jazz Festival.

O disco abre esporrento com "Mistery Juice" e se transforma, bossa nova em "Into the Sun", em jazz em "Sean's theme", pop romântico em "2 fine lovers", indie rock em "Home" e segue em deu caldeirão. Nenhuma musica é igual a outra, mas em todas podemos ver que suas influências dao atemporais, mas há um pezinho no vintage, na escolha dos timbres e sonoridades. Atual com filtro antigo.

Mesmo o disco tendo sido lançado em 1998, ainda me traz uma sensação de frescor que não percebo em muitas bandas atuais. Uma pena esse disco não ter feito o devido sucesso por aqui. Houve uma tentativa nanica de divulgação por parte da Mtv Brasil, mas foi insuficiente pra fazer o disco pegar. Uma enorme injustiça. Um dos melhores discos de estreia da década de noventa e desde sempre um dos #prediletosdacasa ... Sensacional e pra lá de recomendado. #ficaadica #rock #Music #seanlennon #intothesun #disco #discodasemana #anos90 #plural #foda #duk7 #filhodojohn #Lennon #sensacional #amomuitotudoisso

É isso ai ... mês que vem, tem mais!!!

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