Bona sera.
Até que enfim de volta a ativa. Terminada a facu (que parto), agora posso voltar a postar os bons sons e compartilhá-los com vcs.
E continuando com os grandes álbuns dos 90's, hoje to postando um dos meus prediletos da casa all time e que fez com que eu discutisse com vários brothers quanto à qualidade do mesmo (tinha gente que metia a lenha sem nem ter ouvido o álbum todo, só falavam mal de uma canção e não conheciam o resto). Picuinhas à parte, esse post é dedicado ao fodástico "Parklife" do mais fodástico ainda BLUR.
Banda capitaneada pelo workaholic de carteirinha, o vocalista Damon Albarn (Gorillaz, The Good The Bad & The Queen) e que ainda tinha em sua formação o grande e injustiçado guitarrista Graham Coxon (um dos grandes nomes da guitarra na Inglaterra dos anos 90 em frente), o baixista Alex James (Bad Lieutenant) que tocava o baixo mais suingado da ilha e o irreparável e constante batera Dave Rowntree.
Depois de 2 lançamentos, o debut "Leisure" (o meu preferido) de 1991 e o tão bom quanto "Modern Life is Rubbish" de 1993, o Blur já contava com um nome de respeito na cena indie inglesa, mas queriam muito mais, eram bem mais ambiciosos, queriam conquistar a ilha, e fizeram-no com este álbum de 1994.
Nada está fora do lugar. As guitarras rasgadas de Coxom contrapõem-se ao baixo funky de James criando algo único que se tornaria característico desse álbum em diante no som dos caras. Quanto mais suingado era o baixão de James, mas reta, seca e sem firula era a guitarra de Coxom e vice-versa.
Esse petardo conta com algumas das composições mais inspiradas dos caras, vão desde a criticadíssima, dançante e gay "Girls And Boys", até a pedrada de "Jubilee" passando pela inspiradíssima balada "To the End" cheia de arranjos orquestrados e talz e pela pérola indie "This is a Low". Com todas essas disparidades de estilos, os caras conseguem nos mostrar um álbum altamente conciso, inspirado, com punch e suingue na mesma medida. Era o álbum certo na hora certa. Inspiradíssimo se pudesse defini-lo em uma palavra.
Esse disco foi com toda a certeza o divisor de águas na carreira dos caras. A Partir de então o Blur passou a ser respeitado e cobrado como banda grande e não sentiu o peso da camisa, continuou lançando ótimos trabalhos até seu hiato em meados de 2003 quando Coxom abandona a banda no meio das gravações do irregular "Think Tank". Em 2009 retornam com um show antológico no Hyde Park onde ficou provado que a banda ainda tinha muita relevância. Lançaram um documentário sobre o show de retorno e prometem um novo álbum para 2011 o qual aguardo ansiosamente.
Sem mais delongas, deleitem-se com o fodástico "Parklife" do Blur.
Buenas people !!! O intuito desse blog é difundir e dividir os bons sons com todas as pessoas que queiram descobrir novas possibilidades sonoras. Preparem seus ouvidos e não se esqueçam de chacoalhar os esqueletos. Let's the party begin !!! Rrrrrrrrock !!!
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Redescobrindo os bons sons. Anos 90 - parte 3
Ainda da série, vasculhando os porões ...
Nessa captura por boas coisas que estavam ao limbo, achei outra banda que era figurinha carimbada em qualquer indiebalad da época. The Rentals.
Formada por metade do Weezer (o ex-baixista Matt sharp encabeça o projeto que também conta com o batera Pat Wilson), metade do That Dog (a vocalista e violinista Petra Haden e sua irmã, a vocalista Rachel Haden), metade da Supersport 2000 (Cherielyn Westrich na voz e no Moog e do guitarrisra Rod Cervera), e do co-fundador da WIN Records, Tom Grimley (no outro Moog),além de várias participações especiais, este combo indie fez barulho com o lançamento de seu primeiro single, "Friends Of P".
O primeiro álbum, chamado irônicamente de "Return of the Rentals" é uma pérola no cancioneiro indierocker. Abarrofado de moogs venenosos, guitarras cheias de fuzz, baixo reto e dançante, batera pesada e os vocais inspirados de Sharp, Haden e Westrich, fazem desse álbum, discoteca obrigatória para se entender o indierock dos anos 90 e a influência que hoje faz com que bandas como Franz Ferdinand, Killers e cia. limitada, recheiem seu som com sintetizadores e riffs distorcidos.
O disco é uma aula de como usar um moog sem que esse soe chato e pretensioso como em muitas bandas de rock progressivo, é usado única e exclusivamente para criar texturas e riffs dançantes enquanto a guitarra e o baixo fazem o papel de meros coadjuvantes no som da banda. O único senão desse disco/banda, foi a saída de Matt Sharp do Weezer para se dedicar exclusivamente ao que antes era diversão e projeto paralelo.
O disco inteiro é duca, podendo-se ouvir direto sem pualr faixa alguma. Além de "Friends of P", lançaram também como single a ótima "Waiting", que assim como a primeira também ganhou clipe com boa execução nos programas temáticos da Mtv nacional. Essa execução causou alguns reflexos no Brasil, e algumas bandas nacionais da época foram criadas emulando o som que os estadunidenses faziam, bandas como o "Wonkavision", centraram o seu som na fórmula criada por Matt sharp e Cia., o uso constante de sintetizadores e guitarras distorcidas, além do uso das vozes masculinas e femininas.
Parece que após o lançamento de "Return of the Rentals" a banda entrou em um hiato e por esses tempos (não tenho a exatidão de data) lançaram um disco quádruplo chamado "Songs About Time!", que ainda não tive a oportunidade de ouvir. O primeiro disco eu garanto. Pode ser adquirido passando nos comentários
Diversão garantida ou seu dinheiro de volta! Boa viagem com o pessoal dos Rentals.
Nessa captura por boas coisas que estavam ao limbo, achei outra banda que era figurinha carimbada em qualquer indiebalad da época. The Rentals.
Formada por metade do Weezer (o ex-baixista Matt sharp encabeça o projeto que também conta com o batera Pat Wilson), metade do That Dog (a vocalista e violinista Petra Haden e sua irmã, a vocalista Rachel Haden), metade da Supersport 2000 (Cherielyn Westrich na voz e no Moog e do guitarrisra Rod Cervera), e do co-fundador da WIN Records, Tom Grimley (no outro Moog),além de várias participações especiais, este combo indie fez barulho com o lançamento de seu primeiro single, "Friends Of P".
O primeiro álbum, chamado irônicamente de "Return of the Rentals" é uma pérola no cancioneiro indierocker. Abarrofado de moogs venenosos, guitarras cheias de fuzz, baixo reto e dançante, batera pesada e os vocais inspirados de Sharp, Haden e Westrich, fazem desse álbum, discoteca obrigatória para se entender o indierock dos anos 90 e a influência que hoje faz com que bandas como Franz Ferdinand, Killers e cia. limitada, recheiem seu som com sintetizadores e riffs distorcidos.
O disco é uma aula de como usar um moog sem que esse soe chato e pretensioso como em muitas bandas de rock progressivo, é usado única e exclusivamente para criar texturas e riffs dançantes enquanto a guitarra e o baixo fazem o papel de meros coadjuvantes no som da banda. O único senão desse disco/banda, foi a saída de Matt Sharp do Weezer para se dedicar exclusivamente ao que antes era diversão e projeto paralelo.
O disco inteiro é duca, podendo-se ouvir direto sem pualr faixa alguma. Além de "Friends of P", lançaram também como single a ótima "Waiting", que assim como a primeira também ganhou clipe com boa execução nos programas temáticos da Mtv nacional. Essa execução causou alguns reflexos no Brasil, e algumas bandas nacionais da época foram criadas emulando o som que os estadunidenses faziam, bandas como o "Wonkavision", centraram o seu som na fórmula criada por Matt sharp e Cia., o uso constante de sintetizadores e guitarras distorcidas, além do uso das vozes masculinas e femininas.
Parece que após o lançamento de "Return of the Rentals" a banda entrou em um hiato e por esses tempos (não tenho a exatidão de data) lançaram um disco quádruplo chamado "Songs About Time!", que ainda não tive a oportunidade de ouvir. O primeiro disco eu garanto. Pode ser adquirido passando nos comentários
Diversão garantida ou seu dinheiro de volta! Boa viagem com o pessoal dos Rentals.
Redescobrindo os bons sons. Anos 90 - parte 2
Olás.
Hoje, vasculhando as velhas fitas de vídeo redescobri algumas coisas bem legais que vou tentar ir postando ao longo da semana, entre elas, o Superdrag.
Banda estadunidense de Powerpop baseada na cidade de Knoxville, Tennessee juntos desde 1992. Em 2003 resolveram deixar a banda em animação suspensa para cuidarem de alguns projetos paralelos, retomando-a em 2007. Entre indas e vindas de alguns membros, sua formação clássica vem junto desde a fundação da banda e conta com: John Davis (voz e guitarra), Brandon Fisher (guitarras), Tom Pappas (e seu indefectível blackpower no baixo) e Don Coffey Jr. (bateria).
No lançamento de seu primeiro álbum em 1996, o fodástico "Regretfully Yours", muito se disse de que eram uma cópia do Weezer e da fórmula que tinha destacado os nerds capitaneados por Rivers Cuomo ao estrelato alguns anos antes. Algumas semelhanças podem ser vistas no som de ambos, porém não se trata de cópia, mas podemos perceber influências semelhantes.
"Sucked Out", o primeiro single desse álbum, chegou a encher o saco de tanto que tocava no finado Lado B da Mtv e rolava nas indieballads da época (Retrô, Torre do Dr. Zero e afins...), mas é um disco irretocável onde todas as canções merecem ser ouvidas com atenção. É uma álbum alegre, pra cima, que te faz dançar e cantar junto, como os bons álbuns "pop" conseguem fazer. Não tenho como citar apenas uma ou outra canção, todas devem ser ouvidas. É por no play e deixar a festa rolar.
Bom, chega de enrolação. Passem nos comentários e comprem a entrada pra festa, a diversão fica por conta do Superdrag e essa eles garantem.
Hoje, vasculhando as velhas fitas de vídeo redescobri algumas coisas bem legais que vou tentar ir postando ao longo da semana, entre elas, o Superdrag.
Banda estadunidense de Powerpop baseada na cidade de Knoxville, Tennessee juntos desde 1992. Em 2003 resolveram deixar a banda em animação suspensa para cuidarem de alguns projetos paralelos, retomando-a em 2007. Entre indas e vindas de alguns membros, sua formação clássica vem junto desde a fundação da banda e conta com: John Davis (voz e guitarra), Brandon Fisher (guitarras), Tom Pappas (e seu indefectível blackpower no baixo) e Don Coffey Jr. (bateria).
No lançamento de seu primeiro álbum em 1996, o fodástico "Regretfully Yours", muito se disse de que eram uma cópia do Weezer e da fórmula que tinha destacado os nerds capitaneados por Rivers Cuomo ao estrelato alguns anos antes. Algumas semelhanças podem ser vistas no som de ambos, porém não se trata de cópia, mas podemos perceber influências semelhantes.
"Sucked Out", o primeiro single desse álbum, chegou a encher o saco de tanto que tocava no finado Lado B da Mtv e rolava nas indieballads da época (Retrô, Torre do Dr. Zero e afins...), mas é um disco irretocável onde todas as canções merecem ser ouvidas com atenção. É uma álbum alegre, pra cima, que te faz dançar e cantar junto, como os bons álbuns "pop" conseguem fazer. Não tenho como citar apenas uma ou outra canção, todas devem ser ouvidas. É por no play e deixar a festa rolar.
Bom, chega de enrolação. Passem nos comentários e comprem a entrada pra festa, a diversão fica por conta do Superdrag e essa eles garantem.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Redescobrindo os bons sons ...
Ah que saudades que de vez em quando me bate dos já saudosos anos 90. Quantos sons bons, quantos músicos fudidos, quanta distorção ... enfim, 80% de todo o meu referencial musical é vindouro desta década. Foi por causa dessas bandas e deste estilo de som que resolvi aprender a tocar (ainda no processo) e ser um músico.
Da década de 90 (se a música for cíclica como dizem que é, mal posso esperar para a década que se inicia em 2011, o retorno dos 90's) podemos citar uma porrada de bandas que marcaram o fim da minha adolescência e a minha entrada na vida adulta (quando isso?), e nesses próximos posts, irei compartilhar com vocês algumas delas. De começo, falemos dos Posies.
Banda capitaneada por Ken Stringfellow e Jon Auer que dividiam voz e guitarras. Hoje completam o line up dos caras: Matt Harris no baixo e Darius "Take One" Minwalla na batera.
Acho que nenhuma banda estadunidense nos anos 90 usava melhor a voz do que esses caras, hora um, hora o outro, quando não os dois ao mesmo tempo e em tons diferentes ... principalmente quando tocavam suas versões acústicas.
Entre os sete álbuns já lançados da banda destaco o clássico "Frosting On The Beater" de 1993. É sobre ele que este post está sendo escrito. Ele já começa com 2 hinos dos caras, a climática e pesada "Dream All Day" e já na sequência seu maior clássico, a classuda (e uma das músicas que eu mais adoraria ter escrito) "Solar Sister". O restante do álbum alterna alguns momentos de calmaria e de guitarras nervosas e rascantes. Timbres muito bem escolhidos, batera pesada e coesa, baixão grave e pesado como se deve ser. Nesse disco tudo está encaixado perfeitamente onde deveria estar, não há sobras, é um disco enxuto. A cereja do bolo são os duetos vocais de Jon e Ken, alternando-se nas notas mais altas e mais baixas, hora um faz a base vocal e o outro canta com mais ênfase nos agudos e vice-versa.
Por mais que este seja um disco de 17 anos atrás, acho que não fica devendo em nada para toda a produção atual, o que fez com que neste ano depois de um hiato de 5 anos eles voltassem a tocar e lançassem o bom "Blood/Candy".
Passem nos comentários e divirtam-se. Vamos voltar para o futuro com os Posies.
Da década de 90 (se a música for cíclica como dizem que é, mal posso esperar para a década que se inicia em 2011, o retorno dos 90's) podemos citar uma porrada de bandas que marcaram o fim da minha adolescência e a minha entrada na vida adulta (quando isso?), e nesses próximos posts, irei compartilhar com vocês algumas delas. De começo, falemos dos Posies.
Banda capitaneada por Ken Stringfellow e Jon Auer que dividiam voz e guitarras. Hoje completam o line up dos caras: Matt Harris no baixo e Darius "Take One" Minwalla na batera.
Acho que nenhuma banda estadunidense nos anos 90 usava melhor a voz do que esses caras, hora um, hora o outro, quando não os dois ao mesmo tempo e em tons diferentes ... principalmente quando tocavam suas versões acústicas.
Entre os sete álbuns já lançados da banda destaco o clássico "Frosting On The Beater" de 1993. É sobre ele que este post está sendo escrito. Ele já começa com 2 hinos dos caras, a climática e pesada "Dream All Day" e já na sequência seu maior clássico, a classuda (e uma das músicas que eu mais adoraria ter escrito) "Solar Sister". O restante do álbum alterna alguns momentos de calmaria e de guitarras nervosas e rascantes. Timbres muito bem escolhidos, batera pesada e coesa, baixão grave e pesado como se deve ser. Nesse disco tudo está encaixado perfeitamente onde deveria estar, não há sobras, é um disco enxuto. A cereja do bolo são os duetos vocais de Jon e Ken, alternando-se nas notas mais altas e mais baixas, hora um faz a base vocal e o outro canta com mais ênfase nos agudos e vice-versa.
Por mais que este seja um disco de 17 anos atrás, acho que não fica devendo em nada para toda a produção atual, o que fez com que neste ano depois de um hiato de 5 anos eles voltassem a tocar e lançassem o bom "Blood/Candy".
Passem nos comentários e divirtam-se. Vamos voltar para o futuro com os Posies.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
É da terra dos vikings que estão vindo as melhores coisas para serem ouvidas atualmente.
Buenas !!!
Tá brotando banda boa na Escandinávia. Tá parecendo a Escócia "mid 90's". Em cada garagem, uma puta banda dando sopa e o mais bacana é que com a internê isso tá sendo divulgado e chegando aos ouvidos do mundo, é por isso que divido essa pérola com vocês.
Hoje quero falar de uma artista que não tem nada a ver com essa cena neo rocker escandinava, mas que pegou o mesmo bonde. Fallulah é o nome artístico da jovem compositora e cantora Maria Apetri, nascida em 1985 em Copenhagen, Dinamarca. Não há como catalogar a música que essa cidadã faz: uma mistura de indierock, orquestrações, canções típicas da região dos Balcãs ... Podemos usar como paralelo (por mais pobre que seja) a sonoridade de outra lenda da região, uma tal de Björk.
Se fosse para inventar um rótulo para o som 'Fallulístico" (inventando expressões e conceitos. ahahahaha) seria curto e grosso (porém mesmo assim não seria amplo o bastante para definí-la): Música Orgânica. O que Björk faz de maneira maravilhosa usando samples, Fallulah grava com músicos de carne e osso.
Seu som tem sido comparado com algumas bandas (artistas femininas na verdade) de grande destaque na atual cena musical, como por exemplo: Florence & The Machines, Bat For Lashes e Marina and the Diamonds.
Seu primeiro album, o fodástico "Black Cat Neighbourhood" conseguiu uma façanha que há um bom tempo não conseguia ... Me prendeu do começo ao fim de boca aberta e se manteve no repeat por 3 semanas consecutivas no meu MP3 player.
Dadas as devidas proporções, fica complicado falar de faixas avulsas, ouçam tudo, vale cada segundo de audição. Tudo é milimetricamente bem encaixado: vozes, violinos, barulhinhos, indistintamente. Há uma gama de timbres e de sonoridades que fez com que eu pensasse que o álbum fosse praticamente impossível de ser reproduzido ao vivo, coisa que o Youtube fez questão de me provar o contrário. A mina canta demais e a banda que a acompanha é muito bem azeitada e competente, como vocês poderão perceber passando nos comentários.
Seu próximo álbum está sendo produzido nesse momento por Fridolin Nordsø e ainda não há um prazo para o lançamento (espero ávido por esse disco).
Bom, sem mais delongas, nunca o bordão do sabedor Fábio Massari coube com tanta maestria: "Boa viajem com Fallulah !!!"
Tá brotando banda boa na Escandinávia. Tá parecendo a Escócia "mid 90's". Em cada garagem, uma puta banda dando sopa e o mais bacana é que com a internê isso tá sendo divulgado e chegando aos ouvidos do mundo, é por isso que divido essa pérola com vocês.
Hoje quero falar de uma artista que não tem nada a ver com essa cena neo rocker escandinava, mas que pegou o mesmo bonde. Fallulah é o nome artístico da jovem compositora e cantora Maria Apetri, nascida em 1985 em Copenhagen, Dinamarca. Não há como catalogar a música que essa cidadã faz: uma mistura de indierock, orquestrações, canções típicas da região dos Balcãs ... Podemos usar como paralelo (por mais pobre que seja) a sonoridade de outra lenda da região, uma tal de Björk.
Se fosse para inventar um rótulo para o som 'Fallulístico" (inventando expressões e conceitos. ahahahaha) seria curto e grosso (porém mesmo assim não seria amplo o bastante para definí-la): Música Orgânica. O que Björk faz de maneira maravilhosa usando samples, Fallulah grava com músicos de carne e osso.
Seu som tem sido comparado com algumas bandas (artistas femininas na verdade) de grande destaque na atual cena musical, como por exemplo: Florence & The Machines, Bat For Lashes e Marina and the Diamonds.
Seu primeiro album, o fodástico "Black Cat Neighbourhood" conseguiu uma façanha que há um bom tempo não conseguia ... Me prendeu do começo ao fim de boca aberta e se manteve no repeat por 3 semanas consecutivas no meu MP3 player.
Dadas as devidas proporções, fica complicado falar de faixas avulsas, ouçam tudo, vale cada segundo de audição. Tudo é milimetricamente bem encaixado: vozes, violinos, barulhinhos, indistintamente. Há uma gama de timbres e de sonoridades que fez com que eu pensasse que o álbum fosse praticamente impossível de ser reproduzido ao vivo, coisa que o Youtube fez questão de me provar o contrário. A mina canta demais e a banda que a acompanha é muito bem azeitada e competente, como vocês poderão perceber passando nos comentários.
Seu próximo álbum está sendo produzido nesse momento por Fridolin Nordsø e ainda não há um prazo para o lançamento (espero ávido por esse disco).
Bom, sem mais delongas, nunca o bordão do sabedor Fábio Massari coube com tanta maestria: "Boa viajem com Fallulah !!!"
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Melhor disco do ano, fácil !!!
Bom, pra começar quero pedir desculpas por esse tempo todo sem postar nada. Facu, trabalho e casamento, estão me deixando sem tempo pra mais nada. Mas estamos de volta pra falar do melhor lançamento de 2010.
Putaqueopariucaralhoporra!!! É o único adjetivo para esta pérola do cancioneiro indierocker. Fácil, fácil é o disco do ano, estamos falando de "Majesty Shredding", o novo petardo do Superchunk.
Após um hiato de quase dez anos após o lançamento de "Here’s to Shutting Up" (2001), Mac McCaughan (voz/guitarra), Laura Ballance (baixo/voz), Jim Wilbur (guitarra/voz) e Jon Wurster (batera) nos brindam com um discaço, onde mostram que mesmo após tanto tempo eles não perderam a mão.
Em "Majesty Shredding", todos os clichês estão de volta (e isso não soa pejorativo), a voz esganiçada do Mac, o baixo pesado da Laura, as duas guitarras solando ao mesmo tempo, a batera matadora, a mesma pegada guitarband (mais 90 que isso, impossível), o mesmo tesão de fazer som juntos, ou seja, Superchunk na sua mais pura essência. Poderíamos até resenhar o disco faixa por faixa, mas seria inútil. Simplesmente ouça tudo, e beeeeem alto. Pode pular, cantar junto, tocar air guitar ... Tomara que a próxima dose do rocknroll de Chappel Hill não demore outros 10 anos. 3 vivas ao Superchunk !!!
ps.: Se quiser, passe nos comentários para retirar sua passagem.
Putaqueopariucaralhoporra!!! É o único adjetivo para esta pérola do cancioneiro indierocker. Fácil, fácil é o disco do ano, estamos falando de "Majesty Shredding", o novo petardo do Superchunk.
Após um hiato de quase dez anos após o lançamento de "Here’s to Shutting Up" (2001), Mac McCaughan (voz/guitarra), Laura Ballance (baixo/voz), Jim Wilbur (guitarra/voz) e Jon Wurster (batera) nos brindam com um discaço, onde mostram que mesmo após tanto tempo eles não perderam a mão.
Em "Majesty Shredding", todos os clichês estão de volta (e isso não soa pejorativo), a voz esganiçada do Mac, o baixo pesado da Laura, as duas guitarras solando ao mesmo tempo, a batera matadora, a mesma pegada guitarband (mais 90 que isso, impossível), o mesmo tesão de fazer som juntos, ou seja, Superchunk na sua mais pura essência. Poderíamos até resenhar o disco faixa por faixa, mas seria inútil. Simplesmente ouça tudo, e beeeeem alto. Pode pular, cantar junto, tocar air guitar ... Tomara que a próxima dose do rocknroll de Chappel Hill não demore outros 10 anos. 3 vivas ao Superchunk !!!
ps.: Se quiser, passe nos comentários para retirar sua passagem.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A volta dos que não deveriam ter ido NUNCA !!!
Putaquepariucaralhoporraaaa !!!!
O Blur lançou um single novo depois de um hiato de 7 anos. Entenderam isso? o BLUR lançou um single novo depois de um hiato de 7 anos. Caraca !!!
Motivo de felicidade, fogos de artifícios e até brindes.
Os caras do B L U R lançaram um single novo depois de um hiato de 7 anos !!! Yuhuuuu !!! Com a formação original (Albarn, Coxon, James e Rowntree) não o arremedo de banda que lançou o Think Tank. Após os Shows do Hyde Park no ano passado, os caras viram que a sua popularidade e receptividade não tinha baixado uma vírgula sequer, e resolveram nos agraciar com um single novo. A canção se chama "Fool's Day" e foi disponibilizada "de grátis" no site dos caras. Basta fazer um cadastrinho pra baixar essa nova jóia do cancioneiro Brit-Pop. Mas, como eu sou um cara bacana, posto lá nos comentários o link pra baixar esse motivo de alegria ...
Uhuuuu !!! O BLUR lançou single novo, lero lero !!! Só falta um disco novo pra alegria ser completa ...
Ebaaaa !!!!
Boa viagem com o pessoal do Blur.
ps.: Coxon é "o cara" no Blur. Um dos guitarristas mais fodões e mais marginalizados dos anos 90. Gênio !!!
O Blur lançou um single novo depois de um hiato de 7 anos. Entenderam isso? o BLUR lançou um single novo depois de um hiato de 7 anos. Caraca !!!
Motivo de felicidade, fogos de artifícios e até brindes.
Os caras do B L U R lançaram um single novo depois de um hiato de 7 anos !!! Yuhuuuu !!! Com a formação original (Albarn, Coxon, James e Rowntree) não o arremedo de banda que lançou o Think Tank. Após os Shows do Hyde Park no ano passado, os caras viram que a sua popularidade e receptividade não tinha baixado uma vírgula sequer, e resolveram nos agraciar com um single novo. A canção se chama "Fool's Day" e foi disponibilizada "de grátis" no site dos caras. Basta fazer um cadastrinho pra baixar essa nova jóia do cancioneiro Brit-Pop. Mas, como eu sou um cara bacana, posto lá nos comentários o link pra baixar esse motivo de alegria ...
Uhuuuu !!! O BLUR lançou single novo, lero lero !!! Só falta um disco novo pra alegria ser completa ...
Ebaaaa !!!!
Boa viagem com o pessoal do Blur.
ps.: Coxon é "o cara" no Blur. Um dos guitarristas mais fodões e mais marginalizados dos anos 90. Gênio !!!
De volta pro passado no futuro?
Olás,
Como diria o mestre Adoniram: "Ó nós aqui travêis" ... Depois de um looooooongo e tenebroso período de ausência, enfim um novo post. Descobri na base da porrada que Faculdade não combina com manutenção diária de Blog.
Bom, desculpas dadas, vamos ao post que é o que interessa mesmo.
Hoje voltaremos aos anos 80 sem sair dos anos 2000. Como? Ouvindo o povo do The Sounds.
Banda sueca(ta brotando banda boa às pencas por lá) da cidade de Helsingborg formada em 1999 e que faz um som calcado na New Wave dos 80, lembrando muito as vezes, bandas da época como o Blondie por exemplo.
Conta em sua formação com: Maja Ivarsson(vocal), Felix Rodriguez(guitarra), Johan Bengtsson(baixo), Jesper Anderberg(teclado, piano e guitarra) e Fredrik Nilsson(bateria).
Até agora lançaram 3 discos de estúdio:
Living in America - lançado em 2002, é o debut da banda. Já mostravam aqui que viviam em outra época, a new wave come solta. Tecladinhos safados bem na linha B-52 e que faziam a cabeça da molecada na década onde "Os Goonies" e "De Volta Pro Futuro" eram novidades. Cozinha competente, te colada pra chacoalhar o esqueleto e quando você percebe, só parou porqur o cd chegou ao fim. Guitarras maneiras, contrapondo-se aos teclados e a voz, que é a cereja do bolo. Essa mocinha canta pacas.
Dying to Say This to You - lançado em 2006, mantém o nível do disco anterior, ou seja, feeeeestaaaaa !!! A mesma pegada, o balanço incessante, faz suas pernas mexerem-se sozinhas. Numa festa como o Projeto Autobahn, não faria feio e acho qeu boa parte do povo nem desconfiaria que é tão atual. Guitarras pop até o tutano, baixo e batera rebolativos, teclados canalhas, beeeeem oitenta mesmo e a voz que continua tão boa como no primeiro CD.
Crossing the Rubicon de 2008 me remete ao Yeah Yeah Yeahs(outra banda duca) no It's Blitz e ao Ting Tings. Dançante, só que mais adulto. Menos farra. Tecladinhos de monte, um forte apelo pop, não tão festeiro. Talvez funcione no carro indo pra festa pra ouvir os outros 2 cds. É contemporâneo, não soa tão 80 como os outros dois, e isso não é demérito algum. Só ousaram por não se repetirem, e isso é corajoso pacas. Discão. Só um adendo, a vocalista Maja Ivarsson é explícita quanto à sua ambição, reivindicando: "Eu quero ser a melhor vocalista em torno ... de pelo menos deste século". Pretensiosa né?
Trocando em miúdos, estão a fim de festa anos 80? Não sabe o que por pra tocar além de B-52 e Blondie? Coloca o The Sounds no repeat. É balada a noite toda. Baile garantido ou seu $$$ de volta(como os cds estão de grátis nos comentários, vai ficar elas por elas. hahahaha).
Boa balada com o The Sounds.
Como diria o mestre Adoniram: "Ó nós aqui travêis" ... Depois de um looooooongo e tenebroso período de ausência, enfim um novo post. Descobri na base da porrada que Faculdade não combina com manutenção diária de Blog.
Bom, desculpas dadas, vamos ao post que é o que interessa mesmo.
Hoje voltaremos aos anos 80 sem sair dos anos 2000. Como? Ouvindo o povo do The Sounds.
Banda sueca(ta brotando banda boa às pencas por lá) da cidade de Helsingborg formada em 1999 e que faz um som calcado na New Wave dos 80, lembrando muito as vezes, bandas da época como o Blondie por exemplo.
Conta em sua formação com: Maja Ivarsson(vocal), Felix Rodriguez(guitarra), Johan Bengtsson(baixo), Jesper Anderberg(teclado, piano e guitarra) e Fredrik Nilsson(bateria).
Até agora lançaram 3 discos de estúdio:
Living in America - lançado em 2002, é o debut da banda. Já mostravam aqui que viviam em outra época, a new wave come solta. Tecladinhos safados bem na linha B-52 e que faziam a cabeça da molecada na década onde "Os Goonies" e "De Volta Pro Futuro" eram novidades. Cozinha competente, te colada pra chacoalhar o esqueleto e quando você percebe, só parou porqur o cd chegou ao fim. Guitarras maneiras, contrapondo-se aos teclados e a voz, que é a cereja do bolo. Essa mocinha canta pacas.
Dying to Say This to You - lançado em 2006, mantém o nível do disco anterior, ou seja, feeeeestaaaaa !!! A mesma pegada, o balanço incessante, faz suas pernas mexerem-se sozinhas. Numa festa como o Projeto Autobahn, não faria feio e acho qeu boa parte do povo nem desconfiaria que é tão atual. Guitarras pop até o tutano, baixo e batera rebolativos, teclados canalhas, beeeeem oitenta mesmo e a voz que continua tão boa como no primeiro CD.
Crossing the Rubicon de 2008 me remete ao Yeah Yeah Yeahs(outra banda duca) no It's Blitz e ao Ting Tings. Dançante, só que mais adulto. Menos farra. Tecladinhos de monte, um forte apelo pop, não tão festeiro. Talvez funcione no carro indo pra festa pra ouvir os outros 2 cds. É contemporâneo, não soa tão 80 como os outros dois, e isso não é demérito algum. Só ousaram por não se repetirem, e isso é corajoso pacas. Discão. Só um adendo, a vocalista Maja Ivarsson é explícita quanto à sua ambição, reivindicando: "Eu quero ser a melhor vocalista em torno ... de pelo menos deste século". Pretensiosa né?
Trocando em miúdos, estão a fim de festa anos 80? Não sabe o que por pra tocar além de B-52 e Blondie? Coloca o The Sounds no repeat. É balada a noite toda. Baile garantido ou seu $$$ de volta(como os cds estão de grátis nos comentários, vai ficar elas por elas. hahahaha).
Boa balada com o The Sounds.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Viria de Tokyo a polícia montada?
Hola People,
Desculpem-me a falta de posts, a faculdade ta me deixando maluco ... Trabalho em cima de trabalho ... tá complicado demais, fora de brincadeira.
Mas vamos ao post que é o que interessa.
A banda de hoje vem de Newmarket no Canadá(ô terra boa pro rocknroll) e se chama Tokyo Police Club.
Banda formada em 2005 apenas por diversão, porém, acabou ganhando uma atenção maior e acabou convidada a tocar em pequenas mostras na cidade de Toronto, no Canadá. Mais tarde, foi convidada para tocar no Montreal Pop Festival, um dos festivais de música mais populares do Canadá. Após esta apresentação foram convidados a assinar com a Paper Bag Records.
Desde sua formação, a banda já apareceu em inúmeros festivais pelo mundo, incluindo o Coachella Music Festival, na California, no Loolapalooza em Chicago, no Bumbershoot em Seatle, no festival de Glastonbury e no Reading Festival, ambos na Inglaterra, além de festivais na Dinamarca e na Alemanha.
Nessas indas e vindas pelo mundo, os caras desembarcaram por aqui em novembro de 2007, apresentando-se no Planeta Terra Festival, em São Paulo.
A banda conta em seu line-up com David Monks na voz e no baixo, Greg Alsop na batera, Josh Hook na guitarra e Graham Wright nos teclados.
Até agora lançaram apenas um álbum full, mas sua discografia tem mais dois EP's que vieram antes. Todos os lançamentos dos caras são duca(conforme poderão notar caso passem nos comentários). Usam e abusam de batidas dançantes pra fazer a gente chacoalhar o esqueleto no baile e fazem bonito em qualquer pista de dança, em qualquer indieballad que você for.
Vamos aos álbuns:
O primeiro EP dos caras lançado em 2006 chama-se "A Lesson in Crime" e tem faixas mais pesadinhas, mesmo assim soa dançante pacas, é um puta disco, daqueles que você coloca pra ouvir e fica possesso quando acaba de tão bom. Guitarras fazem contraponto aos teclados que são de extremo bom gosto. A cozinha põe você pra dançar facilmente, enquanto a voz é a cereja do bolo, rola um overdrivezinho, fazendo as vezes soar como Strokes, nada que os desabone, são originais pacas. É um puta disquinho(disquinho pelo tempo de duração do EP). Recomendado. Caso queira iniciar-se aos poucos, vá de cabeça em "Shoulders & Arms", é boa pacas.
O lançamento seguinte, de 2007, chamado "Smith EP", segue a mesma linha do EP anterior, mas há um grande diferencial pro EP anterior: o baixo. Que pressão, soa pesado, estala no peito, é assim que tem que ser, e além do mais é dançante pacas, acho que é o trabalho dos caras onde mais se enfatiza este instrumento. Voz, guitarra, teclado e batera continuam com o mesmo padrão de qualidade do EP antetrior. As duas músicas novas soma bem mais pesadas, há ainda um remix pra faixa "Be good". Apenas quatro músicas, diversão rápida, recomendadíssimo. Destaque individual para a faixa "Cut Cut Paste".
Após dois EP's bastante elogiados sai em 2008 o primeiro álbum da banda, "Elephant Shell" e caraca, os caras fizeram um golaço, sério mesmo. Consigo notar nesse álbum algumas influências de Death Cab For Cutie(outra banda que adoro e logo terá post por aqui), talvez o vocal esteja parecido com o do Ben Gibbard. Nesse álbum eles mantiveram o som dançante e com certeza foram melhores produzidos. Tudo soa coeso, não há sobras. Ao decorrer do álbum, percebe-se que nem só do som típico da primeira década desse milênio esse álbum é feito, sinto cheiro de Shoegaze no ar, algo muito inglês dos anos 90, mas contemporâneo pacas. É complicado de descrever. Quer saber de uma coisa? Se quiser tentar entender por si só, comece por "Sixties Remake" e boa viagem, que o som é duca.
Todos os três são discaços.
Recomendadíssimos.
Até.
Desculpem-me a falta de posts, a faculdade ta me deixando maluco ... Trabalho em cima de trabalho ... tá complicado demais, fora de brincadeira.
Mas vamos ao post que é o que interessa.
A banda de hoje vem de Newmarket no Canadá(ô terra boa pro rocknroll) e se chama Tokyo Police Club.
Banda formada em 2005 apenas por diversão, porém, acabou ganhando uma atenção maior e acabou convidada a tocar em pequenas mostras na cidade de Toronto, no Canadá. Mais tarde, foi convidada para tocar no Montreal Pop Festival, um dos festivais de música mais populares do Canadá. Após esta apresentação foram convidados a assinar com a Paper Bag Records.
Desde sua formação, a banda já apareceu em inúmeros festivais pelo mundo, incluindo o Coachella Music Festival, na California, no Loolapalooza em Chicago, no Bumbershoot em Seatle, no festival de Glastonbury e no Reading Festival, ambos na Inglaterra, além de festivais na Dinamarca e na Alemanha.
Nessas indas e vindas pelo mundo, os caras desembarcaram por aqui em novembro de 2007, apresentando-se no Planeta Terra Festival, em São Paulo.
A banda conta em seu line-up com David Monks na voz e no baixo, Greg Alsop na batera, Josh Hook na guitarra e Graham Wright nos teclados.
Até agora lançaram apenas um álbum full, mas sua discografia tem mais dois EP's que vieram antes. Todos os lançamentos dos caras são duca(conforme poderão notar caso passem nos comentários). Usam e abusam de batidas dançantes pra fazer a gente chacoalhar o esqueleto no baile e fazem bonito em qualquer pista de dança, em qualquer indieballad que você for.
Vamos aos álbuns:
O primeiro EP dos caras lançado em 2006 chama-se "A Lesson in Crime" e tem faixas mais pesadinhas, mesmo assim soa dançante pacas, é um puta disco, daqueles que você coloca pra ouvir e fica possesso quando acaba de tão bom. Guitarras fazem contraponto aos teclados que são de extremo bom gosto. A cozinha põe você pra dançar facilmente, enquanto a voz é a cereja do bolo, rola um overdrivezinho, fazendo as vezes soar como Strokes, nada que os desabone, são originais pacas. É um puta disquinho(disquinho pelo tempo de duração do EP). Recomendado. Caso queira iniciar-se aos poucos, vá de cabeça em "Shoulders & Arms", é boa pacas.
O lançamento seguinte, de 2007, chamado "Smith EP", segue a mesma linha do EP anterior, mas há um grande diferencial pro EP anterior: o baixo. Que pressão, soa pesado, estala no peito, é assim que tem que ser, e além do mais é dançante pacas, acho que é o trabalho dos caras onde mais se enfatiza este instrumento. Voz, guitarra, teclado e batera continuam com o mesmo padrão de qualidade do EP antetrior. As duas músicas novas soma bem mais pesadas, há ainda um remix pra faixa "Be good". Apenas quatro músicas, diversão rápida, recomendadíssimo. Destaque individual para a faixa "Cut Cut Paste".
Após dois EP's bastante elogiados sai em 2008 o primeiro álbum da banda, "Elephant Shell" e caraca, os caras fizeram um golaço, sério mesmo. Consigo notar nesse álbum algumas influências de Death Cab For Cutie(outra banda que adoro e logo terá post por aqui), talvez o vocal esteja parecido com o do Ben Gibbard. Nesse álbum eles mantiveram o som dançante e com certeza foram melhores produzidos. Tudo soa coeso, não há sobras. Ao decorrer do álbum, percebe-se que nem só do som típico da primeira década desse milênio esse álbum é feito, sinto cheiro de Shoegaze no ar, algo muito inglês dos anos 90, mas contemporâneo pacas. É complicado de descrever. Quer saber de uma coisa? Se quiser tentar entender por si só, comece por "Sixties Remake" e boa viagem, que o som é duca.
Todos os três são discaços.
Recomendadíssimos.
Até.
sábado, 20 de março de 2010
Indierock de la tierra del Chavo
Hola !!! (apropriado né?)
Hoje vamos até a terra do Chaves pra falarmos de uma banda que pra mim é uma grata surpresa, chama-se "Hello Seahorse!".
Banda indie mexicana formada em 2005 na Cidade do México, rapidamente ganhou o reconhecimento como um dos novos grandes nomes no pop rock mexicano, colocando o seu primeiro single comercial "Bestia" em rádios comerciais em Novembro de 2008.
A atual formação dos caras conta com Lo Blondo (voz), Oro de Neta (piano, teclados/samplers e baixo) e Bonnz! (bateria). Até um tempo atrás contavam com um guitarrista em sua formação que se chamava Julio. Hoje usam eventualmente algum guitarrista contratado.
A vocalista Lo Blondo, ecreve suas letras em Inglês e Espanhol, apesar de faixas mais recentes serem apenas no idioma hispânico. Suas letras falam tanto absurdo ou temas surrealistas.
Lançaram dois álbuns de estúdio até o momento, o primeiro chama-se "...And The Jellyfish Parade" saído em 2006 e o mais recente chama-se "Bestia" e data de 2009. A música "Bestia" ganhou o prêmio de "Canção do Ano" em 2009 no México "Indie-O Music Awards"
O primeiro álbum "...And The Jellyfish Parade" é menos eletrônico que o álbum seguinte, a guitarra se faz presente mesmo que de maneira discreta e se harmoniza de uma maneira quase lúdica com os teclados/samplers. Essa relação é com certeza o grande destaque desse álbum. O baixo, mesmo quando é mais discreto é muito bem tocado e encaixa-se perfeitamente em todas as faixas, dando um ar mais orgânico às músicas. A batera é competente e dançante quando preciso. A voz é doce, beeeeeem doce, as vezes pode parecer meio forçada de tanta doçura, mas é muito bem trabalhada e "casa" perfeitamente com a proposta da banda.
Todas as música são boas, mas da pra destacar como acima da média as faixas "4" (é o nome da canção, não o número dela) e "Square Head".
O segundo disco, chamado "Bestia" é de uma doçura ímpar, te faz chacoalhar o esqueleto em algumas faixas e te faz viajar em outras. É extremamente bem produzido. Tudo se encaixa, o álbum é bastante coeso. Os samplers aparecem com muita força (são muito bem encaixados no contexto de cada música), quase não há guitarras e por mais que eu adore música com muita guitarra, nesse álbum elas não se fazem tão necessárias, os samplers preenchem o espaço delas com maestria. A cozinha não da nem pra falar, o batera manda muito bem e convive em total harmonia com os beats mais eletrônicos, o baixo tem aquela puta pressão que o povo do electro costuma usar. A voz de Lo Blondo é a cereja do bolo de um discaço multi-premiado em seu país natal.
Fica complicado escolher duas ou três faixas como destaque, ouça o disco todo, mas caso queira dar atenção especial a uma ou duas faixas, vá de cabeça em "Criminal", "Bestia" e "Universal 2", são duca.
Devido ao rápido e grande crescimento da banda, já dividiram o palco com bandas como "Beastie Boys", "Jarvis Cocker", "Clinic" e "The Killers". Pra quem conhece e gosta, o som deles lembra uma banda canadense (muito boa por sinal) chamada "Reverie Sound Revue".
Caso quiram dar uma conferida, basta passarem nos comentários.
Divirtam-se.
Hoje vamos até a terra do Chaves pra falarmos de uma banda que pra mim é uma grata surpresa, chama-se "Hello Seahorse!".
Banda indie mexicana formada em 2005 na Cidade do México, rapidamente ganhou o reconhecimento como um dos novos grandes nomes no pop rock mexicano, colocando o seu primeiro single comercial "Bestia" em rádios comerciais em Novembro de 2008.
A atual formação dos caras conta com Lo Blondo (voz), Oro de Neta (piano, teclados/samplers e baixo) e Bonnz! (bateria). Até um tempo atrás contavam com um guitarrista em sua formação que se chamava Julio. Hoje usam eventualmente algum guitarrista contratado.
A vocalista Lo Blondo, ecreve suas letras em Inglês e Espanhol, apesar de faixas mais recentes serem apenas no idioma hispânico. Suas letras falam tanto absurdo ou temas surrealistas.
Lançaram dois álbuns de estúdio até o momento, o primeiro chama-se "...And The Jellyfish Parade" saído em 2006 e o mais recente chama-se "Bestia" e data de 2009. A música "Bestia" ganhou o prêmio de "Canção do Ano" em 2009 no México "Indie-O Music Awards"
O primeiro álbum "...And The Jellyfish Parade" é menos eletrônico que o álbum seguinte, a guitarra se faz presente mesmo que de maneira discreta e se harmoniza de uma maneira quase lúdica com os teclados/samplers. Essa relação é com certeza o grande destaque desse álbum. O baixo, mesmo quando é mais discreto é muito bem tocado e encaixa-se perfeitamente em todas as faixas, dando um ar mais orgânico às músicas. A batera é competente e dançante quando preciso. A voz é doce, beeeeeem doce, as vezes pode parecer meio forçada de tanta doçura, mas é muito bem trabalhada e "casa" perfeitamente com a proposta da banda.
Todas as música são boas, mas da pra destacar como acima da média as faixas "4" (é o nome da canção, não o número dela) e "Square Head".
O segundo disco, chamado "Bestia" é de uma doçura ímpar, te faz chacoalhar o esqueleto em algumas faixas e te faz viajar em outras. É extremamente bem produzido. Tudo se encaixa, o álbum é bastante coeso. Os samplers aparecem com muita força (são muito bem encaixados no contexto de cada música), quase não há guitarras e por mais que eu adore música com muita guitarra, nesse álbum elas não se fazem tão necessárias, os samplers preenchem o espaço delas com maestria. A cozinha não da nem pra falar, o batera manda muito bem e convive em total harmonia com os beats mais eletrônicos, o baixo tem aquela puta pressão que o povo do electro costuma usar. A voz de Lo Blondo é a cereja do bolo de um discaço multi-premiado em seu país natal.
Fica complicado escolher duas ou três faixas como destaque, ouça o disco todo, mas caso queira dar atenção especial a uma ou duas faixas, vá de cabeça em "Criminal", "Bestia" e "Universal 2", são duca.
Devido ao rápido e grande crescimento da banda, já dividiram o palco com bandas como "Beastie Boys", "Jarvis Cocker", "Clinic" e "The Killers". Pra quem conhece e gosta, o som deles lembra uma banda canadense (muito boa por sinal) chamada "Reverie Sound Revue".
Caso quiram dar uma conferida, basta passarem nos comentários.
Divirtam-se.
O Jazzyrock que ninguém nunca ouviu falar
Olás,
Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui de novo. Sei que tô em débito, mas a faculdade não me deixa tempo pra mais nada ... Mas o q importa é que cá estou eu de novo.
Hoje vou falar de uma banda que até hoje náo tinha achado informação nenhuma (e continuo sem informações sobre eles, mas vamos lá), não sei se é canadense ou estadunidense, mas se chama Sault Ste. Marie.
O nome da banda é o mesmo de uma cidade canadense e sobre a cidade temos várias informações pela net.
Bom, vamos ao disco.
"Press & Drizzle" foi lançado em 1999 por algum selo indie e pelo visto não teve divulgação alguma, pois não há nem resenhas sobre o disco pela net, o que é um desperdício, porque este é um discaço!!!
Quem me apresentou essa banda foi um brother de longa data, o Zenitão, baixista d'Os Personas, uma banda bem bacana de ska aqui de São Paulo. Disse-me ele, que sua namorada tinha comprado o disco numa barraquinha em algum festival que já não me recordo e que não tinha pago nem R$ 20,00 pela pérola. Consegui convencê-lo que me emprestasse (o que foi um parto) e copiei o cd na mesma hora. Que viagem!!!
Não se nota baixo nas músicas da banda, provavelmente sejam um duo (guitarra e bateria), e pelo som que eles conseguem tirar, nem se faz necessário. Guitarra suja em boa parte das vezes, mas quando tocada limpa, tem a mesma pegada de quando distorcida, a batera por sua vez lembra aqueles músicos de jazz das antigas, a improvisação corre solta, o batera é quem mais viaja no som dos caras.
Estruturas complexas, tempos quebrados, compassos esquisitos, vozes bacanas, ótimos instrumentistas, ou seja, discaço.
É disco pra ouvir de cabo a rabo, não da pra ouvir picado, mas, caso queira uma bula para começar em doses homeopáticas, vá de cabeça em "Marsha Marsha Marsha" e "Mannequin, Meter Maid, Mannequin" ou se jogue de cabeça nessa incrível viagem jazzyrocker.
Caso fiquem curiosos, passem nos comentários e divirtam-se.
Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui de novo. Sei que tô em débito, mas a faculdade não me deixa tempo pra mais nada ... Mas o q importa é que cá estou eu de novo.
Hoje vou falar de uma banda que até hoje náo tinha achado informação nenhuma (e continuo sem informações sobre eles, mas vamos lá), não sei se é canadense ou estadunidense, mas se chama Sault Ste. Marie.
O nome da banda é o mesmo de uma cidade canadense e sobre a cidade temos várias informações pela net.
Bom, vamos ao disco.
"Press & Drizzle" foi lançado em 1999 por algum selo indie e pelo visto não teve divulgação alguma, pois não há nem resenhas sobre o disco pela net, o que é um desperdício, porque este é um discaço!!!
Quem me apresentou essa banda foi um brother de longa data, o Zenitão, baixista d'Os Personas, uma banda bem bacana de ska aqui de São Paulo. Disse-me ele, que sua namorada tinha comprado o disco numa barraquinha em algum festival que já não me recordo e que não tinha pago nem R$ 20,00 pela pérola. Consegui convencê-lo que me emprestasse (o que foi um parto) e copiei o cd na mesma hora. Que viagem!!!
Não se nota baixo nas músicas da banda, provavelmente sejam um duo (guitarra e bateria), e pelo som que eles conseguem tirar, nem se faz necessário. Guitarra suja em boa parte das vezes, mas quando tocada limpa, tem a mesma pegada de quando distorcida, a batera por sua vez lembra aqueles músicos de jazz das antigas, a improvisação corre solta, o batera é quem mais viaja no som dos caras.
Estruturas complexas, tempos quebrados, compassos esquisitos, vozes bacanas, ótimos instrumentistas, ou seja, discaço.
É disco pra ouvir de cabo a rabo, não da pra ouvir picado, mas, caso queira uma bula para começar em doses homeopáticas, vá de cabeça em "Marsha Marsha Marsha" e "Mannequin, Meter Maid, Mannequin" ou se jogue de cabeça nessa incrível viagem jazzyrocker.
Caso fiquem curiosos, passem nos comentários e divirtam-se.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Quando as guitarras não se fazem tão necessárias
Ois,
Existem bandas que fazem com que este mítico instrumento para o rocknroll seja posto em segundo plano, entre essas bandas com certeza em lugar de destaque está o NED'S ATOMIC DUSTBIN.
Banda formada na cidade inglesa de Stourbridge, era uma das bandas mais adoradas da leva de grupos que dominavam o rock britânico no início dos anos 1990.
Entre os diferenciais dos caras estava a formação que era bastante incomum. Além do vocal eficiente, uma guitarra alucinada e uma bateria vigorosa, as linhas das músicas são feitas por dois contra-baixos.
O line-up dos caras contava com Jonn Penney (voz), Gareth “Rat” Pring (guitarra), Alex Griffin (baixo principal), Matt Cheslin (baixo rítmico) e Dan Warton (batera).
Em 1991 sai o primeiro disco dos caras, o clássico "God Fodder" que é até hoje considerado por muitos o melhor disco dos caras. Discaço. É pesado, beeeem pesado, mas cai como uma luva pra agitar as coisas no baile. O fato de ter dois baixos em sua formação, faz com que mesmo pesado o som dos caras seja propício para se chacoalhar o esqueleto no baile. Funciona horrores pra isso.
O disco é cheio de clássicos, "Happy", "Selfish" e "Cut Up", fazem a alegria da galera, mas se tiver que começar por uma só apenas, vá de cara em "Grey Cell Green", que é uma das melhores faixas que eles lançaram e era obrigatória nas rockbalads de SP nos 90's. Obrigatória.
No ano seguinte os caras lançam outra pedrada de igual calibre, o elogiado "Are You Normal?". Outro discaço, mais peso e mais diversão. Nesse disco eles melhoraram ainda mais a dinâmica dos dois baixos. Há maior coesão, mas o ritmo pulsante e alucinado continua. Entre os destaques desse disco estão "Tantrun" e "Nothing Sleeping Around".
Podemos dizer que em "Are You Normal?" o Ned's conseguiu desenvolver ainda mais a sua identidade sonora. Deixa um pouco de lado as canções mais "pop", e aproxima-se da modernidade, que marca a chegado do próximo àlbum.
A banda passou os próximos anos em uma turnê mundial antes de gravar seu último álbum, "Brainbloodvolume" lançado em 1995.
O álbum tinha um som mais diversificado, incluindo samplers e teclados. Destacam-se nesse disco, "Stuck", "Borehole" e "Traffic".
A gravadora dos caras lançou o álbum primeiramente nos Estados Unidos antes de lançar na Inglaterra, sua terra natal. Isso fez com que os fãs se antecipassem ao lançamento e comprassem o disco importado, fazendo com que o disco não fosse bem nas paradas inglesas. Essa mancada da gravadora acabou causando diversas tensões dentro da banda e da banda com a gravadora, fazendo que eles optassem por terminar a banda no mesmo ano.
Em 06/05/2008, na lendária "London Astoria", os caras fizeram o primeiro show desde 1995. O line-up original está todo de volta. Talvez seja falta de dinheiro, ou quem sabe seja apenas diversão (assim como você terá ao passar nos comentários). O que importa é que os caras estão de volta e ficamos ávidos na espera de material novo.
Sejam bem-vindos de volta.
Existem bandas que fazem com que este mítico instrumento para o rocknroll seja posto em segundo plano, entre essas bandas com certeza em lugar de destaque está o NED'S ATOMIC DUSTBIN.
Banda formada na cidade inglesa de Stourbridge, era uma das bandas mais adoradas da leva de grupos que dominavam o rock britânico no início dos anos 1990.
Entre os diferenciais dos caras estava a formação que era bastante incomum. Além do vocal eficiente, uma guitarra alucinada e uma bateria vigorosa, as linhas das músicas são feitas por dois contra-baixos.
O line-up dos caras contava com Jonn Penney (voz), Gareth “Rat” Pring (guitarra), Alex Griffin (baixo principal), Matt Cheslin (baixo rítmico) e Dan Warton (batera).
Em 1991 sai o primeiro disco dos caras, o clássico "God Fodder" que é até hoje considerado por muitos o melhor disco dos caras. Discaço. É pesado, beeeem pesado, mas cai como uma luva pra agitar as coisas no baile. O fato de ter dois baixos em sua formação, faz com que mesmo pesado o som dos caras seja propício para se chacoalhar o esqueleto no baile. Funciona horrores pra isso.
O disco é cheio de clássicos, "Happy", "Selfish" e "Cut Up", fazem a alegria da galera, mas se tiver que começar por uma só apenas, vá de cara em "Grey Cell Green", que é uma das melhores faixas que eles lançaram e era obrigatória nas rockbalads de SP nos 90's. Obrigatória.
No ano seguinte os caras lançam outra pedrada de igual calibre, o elogiado "Are You Normal?". Outro discaço, mais peso e mais diversão. Nesse disco eles melhoraram ainda mais a dinâmica dos dois baixos. Há maior coesão, mas o ritmo pulsante e alucinado continua. Entre os destaques desse disco estão "Tantrun" e "Nothing Sleeping Around".
Podemos dizer que em "Are You Normal?" o Ned's conseguiu desenvolver ainda mais a sua identidade sonora. Deixa um pouco de lado as canções mais "pop", e aproxima-se da modernidade, que marca a chegado do próximo àlbum.
A banda passou os próximos anos em uma turnê mundial antes de gravar seu último álbum, "Brainbloodvolume" lançado em 1995.
O álbum tinha um som mais diversificado, incluindo samplers e teclados. Destacam-se nesse disco, "Stuck", "Borehole" e "Traffic".
A gravadora dos caras lançou o álbum primeiramente nos Estados Unidos antes de lançar na Inglaterra, sua terra natal. Isso fez com que os fãs se antecipassem ao lançamento e comprassem o disco importado, fazendo com que o disco não fosse bem nas paradas inglesas. Essa mancada da gravadora acabou causando diversas tensões dentro da banda e da banda com a gravadora, fazendo que eles optassem por terminar a banda no mesmo ano.
Em 06/05/2008, na lendária "London Astoria", os caras fizeram o primeiro show desde 1995. O line-up original está todo de volta. Talvez seja falta de dinheiro, ou quem sabe seja apenas diversão (assim como você terá ao passar nos comentários). O que importa é que os caras estão de volta e ficamos ávidos na espera de material novo.
Sejam bem-vindos de volta.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Quando o Lago Paranoá desemboca no Rio Tâmisa
Opa,
Se existe uma banda brasileira que DEVERIA ter nascido em solo inglês, essa banda com certeza é o LOW DREAM.
Formado em Brasília em 1991 pelos irmãos Giuliano Fernandez(voz e guitarra), Giovani Fernandez(bateria) e pelo amigo Samuel Lobo(baixo) tinham por influências só o filé do rocknroll de todas as épocas. Nota-se pinceladas de Ride, MBV, Spaceman 3, além das clássicas, Byrds e Velvet Underground. Com um cartel de referência dessa magnitude, o que esperar dos caras? Bom som. Muito bom, diga-se de passagem.
Após uma demo de sucesso(foram 800 cópias) e a veiculação de um clipe na Mtv, um verdadeiro culto se estabeleceu em torno do trio braziliense. Consequentemente, Giulliano montou um eficiente esquema de divulgação, dando atenção especial aos fãs que entravam em contato com eles. O que resultou em fãs que viajavam apenas para assistir a um show da Low Dream que nem tinha uma presença de palco fora do comum, mas a guitarra com camadas e mais camadas de efeitos, hora dedilhada, hora tocada com agressividade, além da voz etérea prendia a atenção do público que ficava embasbacado a cada nova apresentação dos caras.
Com todo esse feedback eles foram convidados pra tocar na primeira versão do Festival Juntatribo em Campinas no ano de 1993 e foi um dos grandes destaques do festival chamando a atenção de parte da mídia especializada.
Em 1994 enfim a estréia em disco: "Betweem My Dreams And The Real Things". Claramente inspirados pelo MBV, esse disco era a representação melhorada do que os caras eram no palco. Aqui tudo se encaixa, tudo soa perfeito, há guitarras, muitas delas, cada uma fazendo algo diferente, há camadas e camadas de efeitos o que torna o disco obrigatório para os fãs de Kevin Shields e sua trupe. Baixo e batera apenas fazendo a cama para as guitarras e a voz etérea, quase imperceptível de Giuliano. Todas as músicas são duca, mas se tiver que destacar, fique com "I never had sugar dreams" e "Only a finest breeze".
Com esse disco, o trio brasiliense conquistou a imagem de banda mais admirada no meio indie brasileiro sendo convidada a tocar em vários estado brasileiros.
Após o hiato de 2 anos, sai em 1996 a grande obra da banda, na minha modesta opinião o melhor disco de indierock nacional da década de 90, o disco que TODOS os indierockers dariam a alma para o capeta para tê-lo feito, e eu sou um deles, enfim, "Reaching For Balloons".
Reaching For Balloons é mais melódico e tem uma produção mais caprichada que o álbum de estréia. O disco é mais pop e nem por isso deixa de ser fantástico. Nenhuma banda até então tinha conseguido ser tão indie e tão pop no mesmo disco. Guitarras trabalhadas (agora eram duas com a inclusão de um quarto membro, o guitarrista Luiz Eduardo, que havia acabado de chegar da Europa), a cozinha muito mais apurada, a inserção de teclados adicionais, músicas cantadas em francês(Trois Million d'Etoilles) e o esmero na composição fazem desse disco um dos melhores discos independentes do país em todos os tempos. Todas as músicas se destacam, anda está fora do lugar, mas se tiver que escolher apenas uma, ouça "Me and my friend rain", na minha opinião, é "A música" desse discaço.
O único problema desse disco, é que esse era o disco certo no lugar errado. Se tivesse sido lançado na Inglaterra, tinha emplacado com toda a certeza, mas aqui, cantando em inglês, era complicado que tivessem feito sucesso.
Apesar da organização e do controle sobre o seu trabalho, os músicos do Low Dream não resistiram à falta de estrutura do meio alternativo brasileiro. A banda não anunciou o fim oficialmente, mas foi sumindo aos poucos. No final da década de 90, Giulliano trocou a guitarra pelas pick-ups e se tornou um dos djs mais efetivos da cena eletrônica de Brasília, conhecido como DJ Popper.
Como o fim da banda não foi oficialmente anunciado, ficamos na esperança de que a melhor das guitarbands nacionais volte. Enquanto isso, dá uma passada nos comentários e divirta-se.
Até.
Se existe uma banda brasileira que DEVERIA ter nascido em solo inglês, essa banda com certeza é o LOW DREAM.
Formado em Brasília em 1991 pelos irmãos Giuliano Fernandez(voz e guitarra), Giovani Fernandez(bateria) e pelo amigo Samuel Lobo(baixo) tinham por influências só o filé do rocknroll de todas as épocas. Nota-se pinceladas de Ride, MBV, Spaceman 3, além das clássicas, Byrds e Velvet Underground. Com um cartel de referência dessa magnitude, o que esperar dos caras? Bom som. Muito bom, diga-se de passagem.
Após uma demo de sucesso(foram 800 cópias) e a veiculação de um clipe na Mtv, um verdadeiro culto se estabeleceu em torno do trio braziliense. Consequentemente, Giulliano montou um eficiente esquema de divulgação, dando atenção especial aos fãs que entravam em contato com eles. O que resultou em fãs que viajavam apenas para assistir a um show da Low Dream que nem tinha uma presença de palco fora do comum, mas a guitarra com camadas e mais camadas de efeitos, hora dedilhada, hora tocada com agressividade, além da voz etérea prendia a atenção do público que ficava embasbacado a cada nova apresentação dos caras.
Com todo esse feedback eles foram convidados pra tocar na primeira versão do Festival Juntatribo em Campinas no ano de 1993 e foi um dos grandes destaques do festival chamando a atenção de parte da mídia especializada.
Em 1994 enfim a estréia em disco: "Betweem My Dreams And The Real Things". Claramente inspirados pelo MBV, esse disco era a representação melhorada do que os caras eram no palco. Aqui tudo se encaixa, tudo soa perfeito, há guitarras, muitas delas, cada uma fazendo algo diferente, há camadas e camadas de efeitos o que torna o disco obrigatório para os fãs de Kevin Shields e sua trupe. Baixo e batera apenas fazendo a cama para as guitarras e a voz etérea, quase imperceptível de Giuliano. Todas as músicas são duca, mas se tiver que destacar, fique com "I never had sugar dreams" e "Only a finest breeze".
Com esse disco, o trio brasiliense conquistou a imagem de banda mais admirada no meio indie brasileiro sendo convidada a tocar em vários estado brasileiros.
Após o hiato de 2 anos, sai em 1996 a grande obra da banda, na minha modesta opinião o melhor disco de indierock nacional da década de 90, o disco que TODOS os indierockers dariam a alma para o capeta para tê-lo feito, e eu sou um deles, enfim, "Reaching For Balloons".
Reaching For Balloons é mais melódico e tem uma produção mais caprichada que o álbum de estréia. O disco é mais pop e nem por isso deixa de ser fantástico. Nenhuma banda até então tinha conseguido ser tão indie e tão pop no mesmo disco. Guitarras trabalhadas (agora eram duas com a inclusão de um quarto membro, o guitarrista Luiz Eduardo, que havia acabado de chegar da Europa), a cozinha muito mais apurada, a inserção de teclados adicionais, músicas cantadas em francês(Trois Million d'Etoilles) e o esmero na composição fazem desse disco um dos melhores discos independentes do país em todos os tempos. Todas as músicas se destacam, anda está fora do lugar, mas se tiver que escolher apenas uma, ouça "Me and my friend rain", na minha opinião, é "A música" desse discaço.
O único problema desse disco, é que esse era o disco certo no lugar errado. Se tivesse sido lançado na Inglaterra, tinha emplacado com toda a certeza, mas aqui, cantando em inglês, era complicado que tivessem feito sucesso.
Apesar da organização e do controle sobre o seu trabalho, os músicos do Low Dream não resistiram à falta de estrutura do meio alternativo brasileiro. A banda não anunciou o fim oficialmente, mas foi sumindo aos poucos. No final da década de 90, Giulliano trocou a guitarra pelas pick-ups e se tornou um dos djs mais efetivos da cena eletrônica de Brasília, conhecido como DJ Popper.
Como o fim da banda não foi oficialmente anunciado, ficamos na esperança de que a melhor das guitarbands nacionais volte. Enquanto isso, dá uma passada nos comentários e divirta-se.
Até.
Drugstore, ou a banda que poderia ter sido mas nunca foi
Hi,
Isabel Monteiro, baixista e vocalista brasileira, viveu um conto de fadas indie.
Saiu de São Paulo no final dos anos 80, largando família, faculdade e finais de semana na praia para se aventurar em Londres passando fome e fazendo bicos para sobreviver.
Nessas andanças pela capital inglesa, conheceu o baterista americano Mike Chylinski e resolveram montar uma banda, a DRUGSTORE.
A dupla recrutou o guitarrista Daron Robinson e venderem todas as 500 cópias de seu primeiro single, "Alive". Após isso, foram convidados para excursionar com algumas bandas maiores como Tindersticks, Jesus and Mary Chain, Smashing Pumpkins, Lemonheads e com o Radiohead, além de serem convidadados a tocar nos dois festivais mais importantes da cena inglesa: o Reading e o Glastonburry. Tudo isto, antes de lançar o primeiro disco.
Após assinar com a Go! Discs, enfim a estréia tão esperada.
"Drugstore", o disco saiu em março de 1995, com 14 canções melódicas, melancólicas, com letras que mostram amores e desamores na vida de qualquer pessoa em qualquer canto do mundo. Baixo marcado, quase reto, batera minimalista e uma guitarra cheia de distorção e feedback fizeram a alegria da mulecada indie ao redor do mundo. A voz de Isabel é um caso a parte, é triste, sofrida, as vezes angustiantes e faz o complemento perfeito para o instrumental do trio.
No Brasil, mesmo o disco não sendo lançado, a banda virou hype graças ao saudoso "Lado B" na Mtv. Todas as baladas rocknroll de São Paulo à época tocaram "Solitary Party Groover" a exaustão. "Fader" e a própria "Alive" são alguns dos pontos altos desse discaço. Recomendadíssimo.
Após o relativo sucesso do primeiro disco, eles assinam com a multinacional "Roadrunner" e lançam em junho de 1998 o segundo disco: "White Magic For Lovers".
Aqui há uma mudança no line-up da banda com a entrada de Ian Burdge variando entre um violoncelo, teclados e no baixo de vez em quando. Essa mudança faz com que as novas canções soem mais maduras em relação ao primeiro disco. Há mais violões e o celo ocupa um belo espaço nas composições. A temática das letras continuam cantando o amor/desamor, mas agora Isabel também canta aos excluídos.
Há ainda a participação mais do que especial de Thom Yorke (Radiohead) na canção "El President" que é uma homenagem de ambos a Salvador Allende. Entre outros destaques há ainda a bossa-nova "I don't want to be here without you" e "Sober" que lembra mais a sonoridade do primeiro disco.
Na turnê deste disco eles deram uma passada por aqui e fizeram os únicos shows em terras brasileira, no show de São Paulo que foi no SESC Sto. Amaro, eu estava lá. Foi duca!!! é o mínimo que dá pra dizer.
"Songs For The Jet Set", o terceiro lançamento da banda, é um disco mais acessível, porém com o mesmo poder de embalar noites de solidão e dores de amores. Para a turnê de divulgação deste disco, a banda recrutou mais um guitarrista, Matt Aulich.
Gravado em apenas 11 dias e lançado em maio de 2001, o disco tem um clima introspectivo repleto de baladas cantadas pela bela voz da brasileira.
Algumas músicas como "Baby Don’t Hurt Yourself" coloca a banda na sensacional onda folk que tomou a Inglaterra à época. É o disco mais "adulto" da banda com toda a certeza. Já não há a distorção e a urgência do primeiro disco, mas a essência da banda não foi maculada com o passar do tempo.
Neste disco a brasilidade de Isabel fica mais latente, "Navegando" tem o refrão cantando em português, "Man Bird Machine" é uma bossa-nova e em "Flying Down To Rio", faz uma homenagem ao sol do Rio de Janeiro. Há também a "estréia" de Daron nos vocais, compartilhando a música "The party is over" com Isabel. O ponto alto do disco na minha opinião.
A última informação que tive da banda é que após um hiato de quase 7 anos eles voltaram a se apresentar no ano passado. Tomara que desta reunião surja material novo. Estamos com saudades. Pra matar a sua saudade, basta dar uma passadinha nos comentários.
Até.
Isabel Monteiro, baixista e vocalista brasileira, viveu um conto de fadas indie.
Saiu de São Paulo no final dos anos 80, largando família, faculdade e finais de semana na praia para se aventurar em Londres passando fome e fazendo bicos para sobreviver.
Nessas andanças pela capital inglesa, conheceu o baterista americano Mike Chylinski e resolveram montar uma banda, a DRUGSTORE.
A dupla recrutou o guitarrista Daron Robinson e venderem todas as 500 cópias de seu primeiro single, "Alive". Após isso, foram convidados para excursionar com algumas bandas maiores como Tindersticks, Jesus and Mary Chain, Smashing Pumpkins, Lemonheads e com o Radiohead, além de serem convidadados a tocar nos dois festivais mais importantes da cena inglesa: o Reading e o Glastonburry. Tudo isto, antes de lançar o primeiro disco.
Após assinar com a Go! Discs, enfim a estréia tão esperada.
"Drugstore", o disco saiu em março de 1995, com 14 canções melódicas, melancólicas, com letras que mostram amores e desamores na vida de qualquer pessoa em qualquer canto do mundo. Baixo marcado, quase reto, batera minimalista e uma guitarra cheia de distorção e feedback fizeram a alegria da mulecada indie ao redor do mundo. A voz de Isabel é um caso a parte, é triste, sofrida, as vezes angustiantes e faz o complemento perfeito para o instrumental do trio.
No Brasil, mesmo o disco não sendo lançado, a banda virou hype graças ao saudoso "Lado B" na Mtv. Todas as baladas rocknroll de São Paulo à época tocaram "Solitary Party Groover" a exaustão. "Fader" e a própria "Alive" são alguns dos pontos altos desse discaço. Recomendadíssimo.
Após o relativo sucesso do primeiro disco, eles assinam com a multinacional "Roadrunner" e lançam em junho de 1998 o segundo disco: "White Magic For Lovers".
Aqui há uma mudança no line-up da banda com a entrada de Ian Burdge variando entre um violoncelo, teclados e no baixo de vez em quando. Essa mudança faz com que as novas canções soem mais maduras em relação ao primeiro disco. Há mais violões e o celo ocupa um belo espaço nas composições. A temática das letras continuam cantando o amor/desamor, mas agora Isabel também canta aos excluídos.
Há ainda a participação mais do que especial de Thom Yorke (Radiohead) na canção "El President" que é uma homenagem de ambos a Salvador Allende. Entre outros destaques há ainda a bossa-nova "I don't want to be here without you" e "Sober" que lembra mais a sonoridade do primeiro disco.
Na turnê deste disco eles deram uma passada por aqui e fizeram os únicos shows em terras brasileira, no show de São Paulo que foi no SESC Sto. Amaro, eu estava lá. Foi duca!!! é o mínimo que dá pra dizer.
"Songs For The Jet Set", o terceiro lançamento da banda, é um disco mais acessível, porém com o mesmo poder de embalar noites de solidão e dores de amores. Para a turnê de divulgação deste disco, a banda recrutou mais um guitarrista, Matt Aulich.
Gravado em apenas 11 dias e lançado em maio de 2001, o disco tem um clima introspectivo repleto de baladas cantadas pela bela voz da brasileira.
Algumas músicas como "Baby Don’t Hurt Yourself" coloca a banda na sensacional onda folk que tomou a Inglaterra à época. É o disco mais "adulto" da banda com toda a certeza. Já não há a distorção e a urgência do primeiro disco, mas a essência da banda não foi maculada com o passar do tempo.
Neste disco a brasilidade de Isabel fica mais latente, "Navegando" tem o refrão cantando em português, "Man Bird Machine" é uma bossa-nova e em "Flying Down To Rio", faz uma homenagem ao sol do Rio de Janeiro. Há também a "estréia" de Daron nos vocais, compartilhando a música "The party is over" com Isabel. O ponto alto do disco na minha opinião.
A última informação que tive da banda é que após um hiato de quase 7 anos eles voltaram a se apresentar no ano passado. Tomara que desta reunião surja material novo. Estamos com saudades. Pra matar a sua saudade, basta dar uma passadinha nos comentários.
Até.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Uma das melhores bandas inglesas dos anos 90 é de Salvador, BA.
Olás,
É possível acreditar que o shoegazer, som tipicamente inglês, tenha florescido e dado o melhor de todos os seus frutos na Bahia? Justo na Bahia? O lugar menos inglês do Brasil.
Pois é, acidentes geográficos acontecem, e é sobre um destes belos acidentes que falaremos nesse post. O tal acidente geográfico chama-se "brincando de deus" (com letra minúscula mesmo).
Criado em Salvador em 1992, o brincando de deus, fez história no rock alternativo como uma das primeiras guitar bands brasileiras (denominação das bandas shoegazer em terras brasilis). Cantando em inglês e com sua sonoridade calcada principalmente no indie rock, a banda também é brilhantemente pop em suas composições.
Entre as grandes influências da banda percebe-se resquícios de Smiths, de House of Love e de Joy Division de quem eles são fãs confessos e já até gravaram um cover da canção "Disorder".
A formação dos caras contava com Messias na guitarra e voz, Cezar nas guitarras (caberia em qualquer banda da Creation Records nos primórdios dos 90's), a cozinha conta com Dalmo no baixo e Ruy na batera, fechando o time com uma coesão incrível.
Entre seus shows antológicos está a apresentação no 2º Festival Juntatribo em Campinas onde no meio de "Christmas Falls on a Sunday" a luz simplesmente acaba. Simples assim. O povo fica xingando até que se reestabeleça a energia e só então os soteropolitanos voltam a tocar.
Eu tive o prazer de vê-los ao vivo uma única vez na inauguração do Sesc Sto. Amaro em 2000 (se não me engano) e foi um dos melhores shows que eu já vi. Além de uma puta competência no palco os caras foram hiper gente fina conosco, trocaram idéias, contatos e nos deixaram com a promessa de um outro show. Estamos na espera caras !!!
Existem 2 álbuns oficiais dos caras, são eles: "Better When You Love (Me)" de 1995 e "Brincando de Deus" de 2000, vamos a eles.
Better When You Love Me é o disco que todas, eu disse todas as "guitar bands" nacionais dariam um braço pra ter composto. Guitarras muito bem trabalhadas, hora melódicas, hora raivosas, belas melodias assobiáveis, letras inteligentes em inglês(não ligando a mínima pro mercado fonográfico) e uma cozinha competente fizeram e ainda fazem desse disco uma das pedras fundamentais do indie rock nacional. Pra definir em uma palavra, Sublime. Entre as pérolas estão, "Spleen", "Tweedledum", "Demolished House" e outras.
Brincando de Deus, o álbum, veio com uma carga de expectativa gigantesca, primeiro pela qualidade do primeiro disco e segundo porque um incêndio destruiu o estúdio do vocalista Messias, destruindo as "masters" desse disco que precisou ser refeito do zero. Com a ajuda(nos teclados) e a produção de André T. os caras conseguiram dar um salto de excelência fenomenal do primeiro para o segundo disco. O que era complicado de ser batido no quesito qualidade, foi superado pelos próprios no segundo álbum. Esmero na produção, canções tão shoegazer quanto as do primeiro disco mas ainda mais acessíveis, a inserção de teclados e pasmem, inserção de versos em português, fazem desse disco um dos top 3 do indie nacional. Compre, baixe(nos comentários), roube, mas não fique sem.
O QUE FOI DITO SOBRE A brincando de deus ...
"Se você tiver gastar sua grana para comprar dois discos, um nacional e outro internacional, que estes dois sejam "Parachutes", disco de estréia da ótima banda britânica Coldplay, que sai no Brasil pela EMI. Só a faixa "Yellow" vale o álbum. Experimente no Napster. E o disco "Brincando de Deus", da grande banda baiana de mesmo nome, que canta em inglês. Produção independente." (Lúcio Ribeiro , Universo On Line/Folha de S.Paulo).
"brincando de deus, a revolução baiana. Longe do nihil obstat caetânico, a brincando de deus virou as costas para as panelinhas brasileiras, faz um som que não segue moda alguma e lançou um ótimo CD independente, "better when you love(me)". (Álvaro Pereira, Folha de S.Paulo).
"Vem da Bahia o disco mais independente do ano. E também a melhor investida em guitar distortion que uma banda nacional já perpetrou. A capa é de um bom gosto incrível, disparado uma das melhores do ano. Além de seu esquemão independente, capaz de matar o Fugazi de inveja, a banda toca muito. As letras em inglês estão bem acima da indigência habitual das bandas nacionais. Ou seja: há uma penca de motivos para escutar a brincando de deus." (Thales de Menezes, Revista General/Folha de S.Paulo).
"If anyone has not yet picked up a copy of brincando de deus you should write to Quidity Records as soon as possible. I picked this 7” up on tuesday and it seems like it has been glued to my turntable since then. Gorgeous gorgeous gorgeous shimmering pop." (Bob Rak, Indie Pop List-USA).
"Wonderful male vox from Brazil; incredible, astounding indie pop band!" (Parasol Records Web Site).
É possível acreditar que o shoegazer, som tipicamente inglês, tenha florescido e dado o melhor de todos os seus frutos na Bahia? Justo na Bahia? O lugar menos inglês do Brasil.
Pois é, acidentes geográficos acontecem, e é sobre um destes belos acidentes que falaremos nesse post. O tal acidente geográfico chama-se "brincando de deus" (com letra minúscula mesmo).
Criado em Salvador em 1992, o brincando de deus, fez história no rock alternativo como uma das primeiras guitar bands brasileiras (denominação das bandas shoegazer em terras brasilis). Cantando em inglês e com sua sonoridade calcada principalmente no indie rock, a banda também é brilhantemente pop em suas composições.
Entre as grandes influências da banda percebe-se resquícios de Smiths, de House of Love e de Joy Division de quem eles são fãs confessos e já até gravaram um cover da canção "Disorder".
A formação dos caras contava com Messias na guitarra e voz, Cezar nas guitarras (caberia em qualquer banda da Creation Records nos primórdios dos 90's), a cozinha conta com Dalmo no baixo e Ruy na batera, fechando o time com uma coesão incrível.
Entre seus shows antológicos está a apresentação no 2º Festival Juntatribo em Campinas onde no meio de "Christmas Falls on a Sunday" a luz simplesmente acaba. Simples assim. O povo fica xingando até que se reestabeleça a energia e só então os soteropolitanos voltam a tocar.
Eu tive o prazer de vê-los ao vivo uma única vez na inauguração do Sesc Sto. Amaro em 2000 (se não me engano) e foi um dos melhores shows que eu já vi. Além de uma puta competência no palco os caras foram hiper gente fina conosco, trocaram idéias, contatos e nos deixaram com a promessa de um outro show. Estamos na espera caras !!!
Existem 2 álbuns oficiais dos caras, são eles: "Better When You Love (Me)" de 1995 e "Brincando de Deus" de 2000, vamos a eles.
Better When You Love Me é o disco que todas, eu disse todas as "guitar bands" nacionais dariam um braço pra ter composto. Guitarras muito bem trabalhadas, hora melódicas, hora raivosas, belas melodias assobiáveis, letras inteligentes em inglês(não ligando a mínima pro mercado fonográfico) e uma cozinha competente fizeram e ainda fazem desse disco uma das pedras fundamentais do indie rock nacional. Pra definir em uma palavra, Sublime. Entre as pérolas estão, "Spleen", "Tweedledum", "Demolished House" e outras.
Brincando de Deus, o álbum, veio com uma carga de expectativa gigantesca, primeiro pela qualidade do primeiro disco e segundo porque um incêndio destruiu o estúdio do vocalista Messias, destruindo as "masters" desse disco que precisou ser refeito do zero. Com a ajuda(nos teclados) e a produção de André T. os caras conseguiram dar um salto de excelência fenomenal do primeiro para o segundo disco. O que era complicado de ser batido no quesito qualidade, foi superado pelos próprios no segundo álbum. Esmero na produção, canções tão shoegazer quanto as do primeiro disco mas ainda mais acessíveis, a inserção de teclados e pasmem, inserção de versos em português, fazem desse disco um dos top 3 do indie nacional. Compre, baixe(nos comentários), roube, mas não fique sem.
O QUE FOI DITO SOBRE A brincando de deus ...
"Se você tiver gastar sua grana para comprar dois discos, um nacional e outro internacional, que estes dois sejam "Parachutes", disco de estréia da ótima banda britânica Coldplay, que sai no Brasil pela EMI. Só a faixa "Yellow" vale o álbum. Experimente no Napster. E o disco "Brincando de Deus", da grande banda baiana de mesmo nome, que canta em inglês. Produção independente." (Lúcio Ribeiro , Universo On Line/Folha de S.Paulo).
"brincando de deus, a revolução baiana. Longe do nihil obstat caetânico, a brincando de deus virou as costas para as panelinhas brasileiras, faz um som que não segue moda alguma e lançou um ótimo CD independente, "better when you love(me)". (Álvaro Pereira, Folha de S.Paulo).
"Vem da Bahia o disco mais independente do ano. E também a melhor investida em guitar distortion que uma banda nacional já perpetrou. A capa é de um bom gosto incrível, disparado uma das melhores do ano. Além de seu esquemão independente, capaz de matar o Fugazi de inveja, a banda toca muito. As letras em inglês estão bem acima da indigência habitual das bandas nacionais. Ou seja: há uma penca de motivos para escutar a brincando de deus." (Thales de Menezes, Revista General/Folha de S.Paulo).
"If anyone has not yet picked up a copy of brincando de deus you should write to Quidity Records as soon as possible. I picked this 7” up on tuesday and it seems like it has been glued to my turntable since then. Gorgeous gorgeous gorgeous shimmering pop." (Bob Rak, Indie Pop List-USA).
"Wonderful male vox from Brazil; incredible, astounding indie pop band!" (Parasol Records Web Site).
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Rocknroll Hindu made in London
Olás,
Pra quem acha que músicos indianos só tocam as músicas da novela global ou aquele som que o Khaled faz, aqui vai um verdadeiro soco na boca do estômago, os Anglo-indianos do MY VITRIOL.
Banda de rock alternativo de Londres, Inglaterra. O nome da banda, que muitas vezes é mal interpretado (traduzindo ao pé da letra soaria como "Minha Causticidade"), é retirado do romance Brighton Rock por Graham Greene. A banda que se formou no fim da década de 90 é sempre creditada com o início de uma nova onda Shoegazer na Inglaterra, assim como o Mew, o Radio Dept e o Silversun Pickups entre outros.
O line-up atual é composto por Som Wardner (vocais, guitarra e letras), Ravi Kesavaram (bateria), Seth Taylor (guitarra) e Laura Claire (baixo). Tanto Som, quanto Ravi são de famílias indianas, o que não é nenhuma novidade em Londres.
A banda teve sucesso no início dos anos 2000 com 3 singles e um álbum no Top 40 britânico, antes de anunciar a interrupção na auge do seu sucesso. O grupo começou a lançar material novo de novo em 2007.
Feitas as devidas apresentações vamos falar de "Finelines" o primeiro disco oficial dos caras.
Na última semana de 1999, a banda assinou um contrato com a Infectious Records, lar de outros artistas renomados, tais como "Ash" e "Garbage". Seu primeiro single sob este novo selo foi "Losing Touch".
O disco é uma cacetada. Totalmente diferente do que se fazia na Inglaterra neste período, retornando onde grandes bandas como MBV e Ride pararam. Não há como traçar paralelos com nada atual. Ao mesmo tempo que é distorcido e cheio de efeitos (como toda banda Shoegazer deve ser), é hipnótico e te leva para outros estados mentais. Sério mesmo.
O disco é curto, são 41 minutos de ótima música. Não tem uma música no disco que se destaque mais do que as outras, tendo a mesma importância para a unidade do mesmo, desde a mais pop "Always: Your Way" (que de pop não tem nada) até a instrumental de quase 6 minutos chamada "Tongue Tied". (pra mim a melhor do disco). O disco deve ser colocado pra ser tocadao na íntegra. A produção é primorosa, todos os efeitos estão onde devem estar, há peso, muuuito peso nas guitarras, o baixo é de uma pressão descomunal, a batera é bruta e não deixa espaços, enquanto a voz está na hora certa no lugar certo, não há desperdicio neste disco.
É a melhor viajem entre dois pontos, de "Alpha Waves" à "Windows & Walls" sem escalas, boa viagem com o My Vitriol.
ps.: Não esqueça de fazer o seu check-in nos comentários.
Até.
Pra quem acha que músicos indianos só tocam as músicas da novela global ou aquele som que o Khaled faz, aqui vai um verdadeiro soco na boca do estômago, os Anglo-indianos do MY VITRIOL.
Banda de rock alternativo de Londres, Inglaterra. O nome da banda, que muitas vezes é mal interpretado (traduzindo ao pé da letra soaria como "Minha Causticidade"), é retirado do romance Brighton Rock por Graham Greene. A banda que se formou no fim da década de 90 é sempre creditada com o início de uma nova onda Shoegazer na Inglaterra, assim como o Mew, o Radio Dept e o Silversun Pickups entre outros.
O line-up atual é composto por Som Wardner (vocais, guitarra e letras), Ravi Kesavaram (bateria), Seth Taylor (guitarra) e Laura Claire (baixo). Tanto Som, quanto Ravi são de famílias indianas, o que não é nenhuma novidade em Londres.
A banda teve sucesso no início dos anos 2000 com 3 singles e um álbum no Top 40 britânico, antes de anunciar a interrupção na auge do seu sucesso. O grupo começou a lançar material novo de novo em 2007.
Feitas as devidas apresentações vamos falar de "Finelines" o primeiro disco oficial dos caras.
Na última semana de 1999, a banda assinou um contrato com a Infectious Records, lar de outros artistas renomados, tais como "Ash" e "Garbage". Seu primeiro single sob este novo selo foi "Losing Touch".
O disco é uma cacetada. Totalmente diferente do que se fazia na Inglaterra neste período, retornando onde grandes bandas como MBV e Ride pararam. Não há como traçar paralelos com nada atual. Ao mesmo tempo que é distorcido e cheio de efeitos (como toda banda Shoegazer deve ser), é hipnótico e te leva para outros estados mentais. Sério mesmo.
O disco é curto, são 41 minutos de ótima música. Não tem uma música no disco que se destaque mais do que as outras, tendo a mesma importância para a unidade do mesmo, desde a mais pop "Always: Your Way" (que de pop não tem nada) até a instrumental de quase 6 minutos chamada "Tongue Tied". (pra mim a melhor do disco). O disco deve ser colocado pra ser tocadao na íntegra. A produção é primorosa, todos os efeitos estão onde devem estar, há peso, muuuito peso nas guitarras, o baixo é de uma pressão descomunal, a batera é bruta e não deixa espaços, enquanto a voz está na hora certa no lugar certo, não há desperdicio neste disco.
É a melhor viajem entre dois pontos, de "Alpha Waves" à "Windows & Walls" sem escalas, boa viagem com o My Vitriol.
ps.: Não esqueça de fazer o seu check-in nos comentários.
Até.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Gram, ou rocknroll de responsa na Paulicéia
Hi,
Algumas bandas quando encerram as atividades deixam uma lacuna enorme para nós que acompanhávamos e gostávamos de seu trabalho. Assim aconteceu comigo quando o GRAM terminou.
Banda paulistana formada em 2002 e que surgiu de uma banda cover dos Beatles que inclusive chegou a tocar no antológico Cavern Club em Liverpool.
Som denso, muito bem trabalhado, com ótimas letras em português e arranjos complexos e muito bem executados. Algumas músicas contavam com até 3 guitarras no palco.
A banda era formada por Sérgio Filho (vocal, guitarra, violão e piano), Luiz Ribalta (guitarra), Marco Loschiavo (guitarra), Marcelo Pagotto (baixo e sintetizadores) e Fernando Falvo (bateria).
Em 2004, após bancarem a gravação de seu primeiro disco e com a maciça execução do vídeo de seu primeiro single "Você pode ir na janela" no Youtube e posteriormente na MTV, acabaram chamando a atenção da gravadora Deck Disc que os contratou e passou a comercializar o seu primeiro disco.
Gram, o disco, é um caldeirão de influências de um puta bom gosto. Em suas músicas nota-se resquícios de Beatles, Radiohead e muito rocknroll vindo da terra da Rainha Elizabeth. O baixo é muito bem executado, não é aquela coisa marcada, básica, reta. Você nota sinusidade no modo como o baixo é tocado. A batera é de uma competência absurda, forte, densa, do jeito que todo bom disco deveria ser. As guitarras são um caso à parte. São 3 e todas elas com algum fraseado, ou passagem totalmente independente das outras. Texturas e mais texturas de complexidade, bom gosto e virtuosismo.
A comparação com Los Hermanos (outra puta banda que faz falta) foi feita pelo fato do Gram também compor em português e de suas letras serem mais rebuscadas do que as feitas no momento (assim como o Los Hermanos).
O disco foi muito bem aceito pela crítica especializada embora eu não tenha as informações sobre vendagens. Ruim não deve ter sido, pois eles continuaram contratados pela Deck e ainda lançaram um DVD ao vivo da série "MTV Apresenta..." e um segundo disco.
Em 2006 a banda lançou seu segundo disco: "Seu minuto, meu segundo", mantendo a mesma qualidade do disco anterior. O disco foi lançado em um formato até então novo no mercado nacional, o Dual Disc, no mesmo CD de um lado haviam as músicas e do outro lado do CD (lembrando os saudosos discos de vinil), havia um vídeo com o making off das gravações do disco. As músicas cada vez mais trabalhadas buscavam uma orientação diferente do disco anterior (embora ainda se pudesse enxergar as influências da banda), esse disco ousava mais do que o primeiro disco, havia levadas mais funkeadas como é possível perceber em "Vale a Pena" e um flerte com a música eletrônica na canção título.
Esse CD também foi muito elogiado pela crítica nacional, alçando o Gram a um patamar maior entre as bandas mais novas.
Em 2007, via comunidade do Gram no Orkut, o baterista Fernando Falvo anuncia o fim das atividades da banda. Deixa também os fãs esperançosos pois também anuncia a formação de um novo projeto com Marcelo Pagotto e Marco Loschiavo, projeto esse que ainda não foi lançado.
Bom, na minha modesta opinião são dois dos melhores discos de rocknroll feitos por aqui, confiram nos comentários e divirtam-se.
Até.
Algumas bandas quando encerram as atividades deixam uma lacuna enorme para nós que acompanhávamos e gostávamos de seu trabalho. Assim aconteceu comigo quando o GRAM terminou.
Banda paulistana formada em 2002 e que surgiu de uma banda cover dos Beatles que inclusive chegou a tocar no antológico Cavern Club em Liverpool.
Som denso, muito bem trabalhado, com ótimas letras em português e arranjos complexos e muito bem executados. Algumas músicas contavam com até 3 guitarras no palco.
A banda era formada por Sérgio Filho (vocal, guitarra, violão e piano), Luiz Ribalta (guitarra), Marco Loschiavo (guitarra), Marcelo Pagotto (baixo e sintetizadores) e Fernando Falvo (bateria).
Em 2004, após bancarem a gravação de seu primeiro disco e com a maciça execução do vídeo de seu primeiro single "Você pode ir na janela" no Youtube e posteriormente na MTV, acabaram chamando a atenção da gravadora Deck Disc que os contratou e passou a comercializar o seu primeiro disco.
Gram, o disco, é um caldeirão de influências de um puta bom gosto. Em suas músicas nota-se resquícios de Beatles, Radiohead e muito rocknroll vindo da terra da Rainha Elizabeth. O baixo é muito bem executado, não é aquela coisa marcada, básica, reta. Você nota sinusidade no modo como o baixo é tocado. A batera é de uma competência absurda, forte, densa, do jeito que todo bom disco deveria ser. As guitarras são um caso à parte. São 3 e todas elas com algum fraseado, ou passagem totalmente independente das outras. Texturas e mais texturas de complexidade, bom gosto e virtuosismo.
A comparação com Los Hermanos (outra puta banda que faz falta) foi feita pelo fato do Gram também compor em português e de suas letras serem mais rebuscadas do que as feitas no momento (assim como o Los Hermanos).
O disco foi muito bem aceito pela crítica especializada embora eu não tenha as informações sobre vendagens. Ruim não deve ter sido, pois eles continuaram contratados pela Deck e ainda lançaram um DVD ao vivo da série "MTV Apresenta..." e um segundo disco.
Em 2006 a banda lançou seu segundo disco: "Seu minuto, meu segundo", mantendo a mesma qualidade do disco anterior. O disco foi lançado em um formato até então novo no mercado nacional, o Dual Disc, no mesmo CD de um lado haviam as músicas e do outro lado do CD (lembrando os saudosos discos de vinil), havia um vídeo com o making off das gravações do disco. As músicas cada vez mais trabalhadas buscavam uma orientação diferente do disco anterior (embora ainda se pudesse enxergar as influências da banda), esse disco ousava mais do que o primeiro disco, havia levadas mais funkeadas como é possível perceber em "Vale a Pena" e um flerte com a música eletrônica na canção título.
Esse CD também foi muito elogiado pela crítica nacional, alçando o Gram a um patamar maior entre as bandas mais novas.
Em 2007, via comunidade do Gram no Orkut, o baterista Fernando Falvo anuncia o fim das atividades da banda. Deixa também os fãs esperançosos pois também anuncia a formação de um novo projeto com Marcelo Pagotto e Marco Loschiavo, projeto esse que ainda não foi lançado.
Bom, na minha modesta opinião são dois dos melhores discos de rocknroll feitos por aqui, confiram nos comentários e divirtam-se.
Até.
E se os Strokes morassem em Bragança Paulista?
Olás,
Se os os Strokes morassem em Bragança Paulista, eles não se chamariam Strokes, cantariam em português e seriam conhecidos pela alcunha de "DRUQUES".
Com uma apresentação de responsa dessas, não é necessário dar maiores introduções sobre o som que os caras fazem.
A banda foi formada mais ou menos em 2004 e até onde sei conta com a mesma formação até hoje: Zé Pi (voz e guitarra), Meno del Picchia (guitarra), Marcos Leite (baixo), Guilherme Calzavara (bateria), e André Hime (sintetizador).
Zé Pi, Guilherme e Marcos tocavam juntos há nove anos em Bragança Paulista, já haviam tido bandas de bossa nova e jazz, até que se interessaram pelo rock alternativo. Chamaram Meno e André, e eis que surgem os Druques. O difícil foi convencer Guilherme a montar uma banda de rock, mas foi só emprestar alguns cds dos Strokes, Hives e similares, que depois de algumas semanas ele topou.
O disco de estréia dos caras que tem o mesmo nome da banda, saiu em 2006 e é um dos grandes discos de indie rock da década passada.
A voz distorcida é um dos destaques, a cozinha é dançante pacas, as guitarras complementam-se entre si e o sitetizador é a cereja do bolo, faz com que se aproximem tanto do trabalho solo de Julian Casablancas como mantém a vibe rocknroll dos Strokes. Cantam em português e suas letras são simples, porém diretas e inteligentes.
Bom, se quiserem uma prévia do som dos caras, da uma olhada nesse vídeo. Caso gostem, é só passar nos comentários.
Agora em 2010 eles lançaram um single em DVD chamado "Não Assim" e estão disponibilizando este single através da internet. O formato e´bem interessante e conta com o clipe da música de mesmo nome, além do making of do vídeo e de algumas músicas do disco anterior, tudo pelo precim de 10 dinheiros brasileiros. Se quiserem dar uma olhada no clipe, é só clicar aqui.
Divirtam-se.
Se os os Strokes morassem em Bragança Paulista, eles não se chamariam Strokes, cantariam em português e seriam conhecidos pela alcunha de "DRUQUES".
Com uma apresentação de responsa dessas, não é necessário dar maiores introduções sobre o som que os caras fazem.
A banda foi formada mais ou menos em 2004 e até onde sei conta com a mesma formação até hoje: Zé Pi (voz e guitarra), Meno del Picchia (guitarra), Marcos Leite (baixo), Guilherme Calzavara (bateria), e André Hime (sintetizador).
Zé Pi, Guilherme e Marcos tocavam juntos há nove anos em Bragança Paulista, já haviam tido bandas de bossa nova e jazz, até que se interessaram pelo rock alternativo. Chamaram Meno e André, e eis que surgem os Druques. O difícil foi convencer Guilherme a montar uma banda de rock, mas foi só emprestar alguns cds dos Strokes, Hives e similares, que depois de algumas semanas ele topou.
O disco de estréia dos caras que tem o mesmo nome da banda, saiu em 2006 e é um dos grandes discos de indie rock da década passada.
A voz distorcida é um dos destaques, a cozinha é dançante pacas, as guitarras complementam-se entre si e o sitetizador é a cereja do bolo, faz com que se aproximem tanto do trabalho solo de Julian Casablancas como mantém a vibe rocknroll dos Strokes. Cantam em português e suas letras são simples, porém diretas e inteligentes.
Bom, se quiserem uma prévia do som dos caras, da uma olhada nesse vídeo. Caso gostem, é só passar nos comentários.
Agora em 2010 eles lançaram um single em DVD chamado "Não Assim" e estão disponibilizando este single através da internet. O formato e´bem interessante e conta com o clipe da música de mesmo nome, além do making of do vídeo e de algumas músicas do disco anterior, tudo pelo precim de 10 dinheiros brasileiros. Se quiserem dar uma olhada no clipe, é só clicar aqui.
Divirtam-se.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Nem só de Jack Chan e Bruce Lee vivem os asiáticos
Opa,
Hoje viajaremos para longe, beeeeem longe, mais exatamente para Manila, capital das Filipinas, para falar de uma banda local, o "Taken By Cars" ou TbC para os íntimos.
A banda tem em seu line-up Sarah Marco (Voz), Bryce Zialcita (Guitarra), Siopao Chua (Guitarra), Benny Yap (Baixo), Bryan Kong (Bateria/ Samplers) e fazem um som pra lá de moderno e dançante, ótimo, mas ótimo meeeesmo pra chacoalhar o esqueleto no baile. Guitarras bem colocadas, samplers pontuais e precisos, batera totalmente disco, uma puta voz e o principal fator de diversão dos caras: o baixo é tocado com uma pressão fora do normal que é capaz de tirar pica-pau do oco de tão pesado e dançante.
Eles definem o seu som como uma mistura de electro, shoegaze e new wave e soam como uma mistura de Yeah Yeah Yeahs com The Organ, The Sounds e Cansei de Ser Sexy. Ou seja, fazem um som pra fazer bonito em qualquer baile.
O CD de lançamento dos caras chama-se "Endings of a New Kind" e é um estouro. Dá pra por o CD pra rodar e chacoalhar o esqueleto a noite toda. Você não sabe onde uma começa e termina a outra, é constante, e pode ter certeza que a partir do momento em que você der o play nesse disco, suas pernas não mais te obedecem, você dança mesmo, nem que sozinho em casa, mas não da pra ficar parado. Não há uma música que seja menos de 8 e meio, ou seja, discaço. Só pra que vocês tenham uma prévia, dá uma olhada no clipe de uma das melhores faixas do disco chamada "Uh Oh".
Os caras já estão se preparando para lançar o segundo álbum que ainda não tem previsão de lançamento. Se quiser conferir o primeiro álbum, é só dar uma passada nos comentários.
Mais do que nunca a frase emblemática do Massari no Lado B se faz necessária: Boa viagem com o "Taken By Cars".
Hoje viajaremos para longe, beeeeem longe, mais exatamente para Manila, capital das Filipinas, para falar de uma banda local, o "Taken By Cars" ou TbC para os íntimos.
A banda tem em seu line-up Sarah Marco (Voz), Bryce Zialcita (Guitarra), Siopao Chua (Guitarra), Benny Yap (Baixo), Bryan Kong (Bateria/ Samplers) e fazem um som pra lá de moderno e dançante, ótimo, mas ótimo meeeesmo pra chacoalhar o esqueleto no baile. Guitarras bem colocadas, samplers pontuais e precisos, batera totalmente disco, uma puta voz e o principal fator de diversão dos caras: o baixo é tocado com uma pressão fora do normal que é capaz de tirar pica-pau do oco de tão pesado e dançante.
Eles definem o seu som como uma mistura de electro, shoegaze e new wave e soam como uma mistura de Yeah Yeah Yeahs com The Organ, The Sounds e Cansei de Ser Sexy. Ou seja, fazem um som pra fazer bonito em qualquer baile.
O CD de lançamento dos caras chama-se "Endings of a New Kind" e é um estouro. Dá pra por o CD pra rodar e chacoalhar o esqueleto a noite toda. Você não sabe onde uma começa e termina a outra, é constante, e pode ter certeza que a partir do momento em que você der o play nesse disco, suas pernas não mais te obedecem, você dança mesmo, nem que sozinho em casa, mas não da pra ficar parado. Não há uma música que seja menos de 8 e meio, ou seja, discaço. Só pra que vocês tenham uma prévia, dá uma olhada no clipe de uma das melhores faixas do disco chamada "Uh Oh".
Os caras já estão se preparando para lançar o segundo álbum que ainda não tem previsão de lançamento. Se quiser conferir o primeiro álbum, é só dar uma passada nos comentários.
Mais do que nunca a frase emblemática do Massari no Lado B se faz necessária: Boa viagem com o "Taken By Cars".
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Teriam os Libertines reencarnado na Germânia?
Buenas,
No post que eu fiz há algum tempinho atrás falando sobre o Fotos, eu citei uma outra grande banda alemã chamada The Kilians, e é sobre esta banda que este post é dedicado.
Eles começaram com a banda ainda estudantes em Dinslaken, Alemanha. Em 2005 o grupo se estabilizou, lançando seu priemiro EP com o nome da banda.
Seu line-up conta com os vocais de Simon Hartog, com as guitarras ensandecidas de Domingos Lorberg e Arne Schult (que se parecem demais com as guitarras de Barat/Doherty), com o baixo de Gordian Scholz e com a batera de Micka Schürmann.
Os caras são praticamente a reencarnação dos Libertines. Nenhuma das bandas montadas pelos ex-membros após o término dessa fodástica banda inglesa consegue ser tão Libertines quanto o Kilians. Praticamente o Libertines termina onde o Kilians começa ... A única diferença pro som das duas bandas é a falta do sotaque Cockney dos alemães. Os Kilians cantam em inglês sem a necessidade da tecla SAP, diferentemente de alguns sotaques tipicamente ingleses.
Em setembro de 2007 lançaram o seu primeiro CD que levou um nome relacionado ao título da banda, assim como o primeiro EP, no caso o nome é “Kill the Kilians”, que conta com músicas dos EPS, Demos e algumas novas.
O disco é praticamente a continuação do "Up the Bracket" dos Libertines (só quero que fique claro que em momento algum acho que a comparação seja pejorativa, pelo contrário, Libertines é tão bom que é um puta elogio comparar-se a eles). Guitarras ácidas, vocais desesperadamente rasgados e a cozinha concisa, dá a eles o peso necessário para que as guitarras possam destacar-se.
Não dá pra destacar apenas uma música desse discaço, mas se precisar de uma indicação como porta de entrada, vá de cabeça na faixa de nº 7 que se chama "Sunday". Mas pode ir sem medo que o disco todo é ducaraleo.
Em abril de 2009 lançaram o segundo disco “They Are Calling Your Name” que segue pra uma direção mais calma, mas nem por isso com menos qualidade. A acidez das guitarras continuam, porém agora elas fazem uma bela parceria com um violão que aparece as vezes. Nota-se a evolução da banda como instrumentistas do primeiro para o segundo CD. No primeiro, há uma urgência maior em "dar o recado", neste novo disco eles tem mais paciência e mais argumento para dizer o que querem.
As músicas nesse novo Cd são mais elaboradas. Ainda tem a pegada rocker característica da banda, mas não há a necessidade de te fazer pular e chacoalhar o esqueleto desesperadamente. Nesse disco há mais tempo para se respirar. O disco todo é do balacobaco e uma boa porta de entrada para o mesmo é a inspiradíssima "Said & Done".
Mesmo assim, ainda lembra Libertines pra cacete. Hahahaha !!! Só tomara que eles não tomem o mesmo caminho de Barat, Doherty e cia. e consigam permanecer por muito tempo fazendo música da boa como pode ser conferido nos comentários.
Como eles mesmos dizem por lá, Kilians é "köstlich!"
No post que eu fiz há algum tempinho atrás falando sobre o Fotos, eu citei uma outra grande banda alemã chamada The Kilians, e é sobre esta banda que este post é dedicado.
Eles começaram com a banda ainda estudantes em Dinslaken, Alemanha. Em 2005 o grupo se estabilizou, lançando seu priemiro EP com o nome da banda.
Seu line-up conta com os vocais de Simon Hartog, com as guitarras ensandecidas de Domingos Lorberg e Arne Schult (que se parecem demais com as guitarras de Barat/Doherty), com o baixo de Gordian Scholz e com a batera de Micka Schürmann.
Os caras são praticamente a reencarnação dos Libertines. Nenhuma das bandas montadas pelos ex-membros após o término dessa fodástica banda inglesa consegue ser tão Libertines quanto o Kilians. Praticamente o Libertines termina onde o Kilians começa ... A única diferença pro som das duas bandas é a falta do sotaque Cockney dos alemães. Os Kilians cantam em inglês sem a necessidade da tecla SAP, diferentemente de alguns sotaques tipicamente ingleses.
Em setembro de 2007 lançaram o seu primeiro CD que levou um nome relacionado ao título da banda, assim como o primeiro EP, no caso o nome é “Kill the Kilians”, que conta com músicas dos EPS, Demos e algumas novas.
O disco é praticamente a continuação do "Up the Bracket" dos Libertines (só quero que fique claro que em momento algum acho que a comparação seja pejorativa, pelo contrário, Libertines é tão bom que é um puta elogio comparar-se a eles). Guitarras ácidas, vocais desesperadamente rasgados e a cozinha concisa, dá a eles o peso necessário para que as guitarras possam destacar-se.
Não dá pra destacar apenas uma música desse discaço, mas se precisar de uma indicação como porta de entrada, vá de cabeça na faixa de nº 7 que se chama "Sunday". Mas pode ir sem medo que o disco todo é ducaraleo.
Em abril de 2009 lançaram o segundo disco “They Are Calling Your Name” que segue pra uma direção mais calma, mas nem por isso com menos qualidade. A acidez das guitarras continuam, porém agora elas fazem uma bela parceria com um violão que aparece as vezes. Nota-se a evolução da banda como instrumentistas do primeiro para o segundo CD. No primeiro, há uma urgência maior em "dar o recado", neste novo disco eles tem mais paciência e mais argumento para dizer o que querem.
As músicas nesse novo Cd são mais elaboradas. Ainda tem a pegada rocker característica da banda, mas não há a necessidade de te fazer pular e chacoalhar o esqueleto desesperadamente. Nesse disco há mais tempo para se respirar. O disco todo é do balacobaco e uma boa porta de entrada para o mesmo é a inspiradíssima "Said & Done".
Mesmo assim, ainda lembra Libertines pra cacete. Hahahaha !!! Só tomara que eles não tomem o mesmo caminho de Barat, Doherty e cia. e consigam permanecer por muito tempo fazendo música da boa como pode ser conferido nos comentários.
Como eles mesmos dizem por lá, Kilians é "köstlich!"
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